quarta-feira, setembro 28, 2005

O Rapto de Mogodochi – Reunião


Ainda o Sol teimava em não nascer e já oito autocarros, estacionados à porta do Hotel, se enchiam de Guerreiros Niitsumy trajados de acordo com o protocolo niitsumico. Os chinelos castanhos, a túnica amarela, o cinto preto, o chapéu também preto a lembrar uma caravela quinhentista, o cajado de pau de chu (madeira de alta densidade), a espada variável consoante o gosto de cada um.
O autocarro onde viajavam Crazy Charm e Talk Talk era conduzido por Loin Baka, um Yeti bonacheirão viciado em pastilhas gorila e em música Disco. Enquanto conduzia, Baka ia mexendo os ombros em movimentos contínuos e ritmados, ao som de êxitos dos Bee Gees, dos Cool and the Gang ou de Olívia Newton John. Esta dança, embora razoavelmente cool, provocava um medonho balancear no pequeno autocarro, lembrando uma barcaça no meio de uma tempestade no mar.
O Templo Azul, para onde se deslocavam os Niitsumy, era o primeiro dos sete Templos. Encontrava-se situado junto a um ribeiro, num pequeno vale, donde era possível ver Niitsumy City e o Lago da Serpente lá bem no fundo. Olhando na direcção oposta vislumbrava-se no topo de uma montanha o Templo Doirado, o 7ª, a Casa de Mogodochi, o Supremo.
O Templo Azul era um edifício enorme de formato cilíndrico, com mais de 16 metros de altura e 30 metros de diâmetro, pintado exteriormente de azul-escuro, totalmente construído em madeira. A cobertura era constituída pela folhagem de 4 enormes árvores cujos ramos iniciavam à altura do topo do edifício. As copas das árvores eram tão espessas que quando chovia apenas brotavam fios de água, pelos troncos das árvores, para o interior do Templo.
Chegados ao destino, ainda almareados pelas curvas da montanha e pelo balanço do autocarro, desceram uma escadaria de pedra, junto à entrada sul do Templo. Os degraus talhados na rocha conduziam os guerreiros para uma gruta, de onde por um corredor, iam sendo guiados para uma antecâmara relativamente grande. Esta sala tinha algum conforto: música ambiente, luz eléctrica, chão alcatifado, cadeiras almofadadas dispostas em filas. No fundo um pequeno estrado em madeira com uma mesa rectangular com 7 lugares. Eram os lugares dos Mestres de Templo, os Tashidochi. Na hierarquia niitsumica ocupavam o topo, logo a seguir a Mogodochi.
Os cerca de 600 Niitsumy convocados ficaram sentados em silêncio ouvindo as palavras de Lu Ting, o mais velho e sábio dos Mestres.
Ninguém fazia ideia onde poderia estar Mogodochi. Presumia-se que tinha sido raptado pelos terríveis Minochi. A solução passaria por viajar até à Floresta Branca e procurar as visões de Rhonda, a feiticeira. Restava saber quem iria executar tal tarefa. Foram escolhidos vinte Guerreiros Niitsumy ao acaso, entre eles estavam Talk e Charm.
O pânico transpareceu das suas faces quando repararam que a viagem seria feita de autocarro e Baka seria de novo o motorista.

5 comentários:

Miguel Baganha disse...

(Despedida?)
Certamente que não,Talk...a não ser que eu deixe de gostar "disto"!
(O que é pouco provável...)

"A big foot who drives a bus?"

-Até eu ficaria em pânico...se bem que...já andei de carro com o Suga ao volante...

1Grande abraço!

Talk Talk disse...

Ah ah!! Eu sabia que vocês eram amigos.
Um abraço

Anónimo disse...

ARHRRRRR ZATAAAAAAAA REHHHHHHHHHHHHHHH ROIROIAAAAAAAAAA DISCO HUUUUUUUUUUU REHIIIIIIIIII ARRRRRRREHHHHHHHHHHHH EH EH EH EH EH

Talk Talk disse...

Traduzindo a mensagem do Baka de yetiano para português:
"Eu até nem conduzo mal, o problema é que quando oiço musica Disco o corpo não consegue parar, eh eh eh eh eh"

Titá disse...

se o tema é condução...eu nem vou fazer comentários...eheheheh
Beijos