Desta vez a entrevista decorreu de maneira diferente. Foi presencial. Como não sou jornalista, não tendo gravador ou paciência para ir tirando notas, a transcrição que aqui vos deixo é de memória, talvez um pouco romanceada e de certa maneira influenciada pelo ambiente psico-chármico (ou se calhar foram as margaritas) criado durante a conversa.
Foi num Restaurante Mexicano que combinámos de nos encontrar. Cheguei em cima da hora, mesmo a tempo de apanhar o Crazy Charm no balcão a beber uma margarita ao mesmo tempo que, qual explorador das densas florestas tropicais, esgravatava freneticamente as entranhas nasais, em busca talvez da Arca Perdida, ou muito provavelmente de um burrié mais furtivo, que teimava em escapulir-lhe, escondido na penugem farta.
A nossa conversa decorreu calmamente ao som das músicas de Marco Pollo e seus muchachos e ao sabor das iguarias sul-americanas que, não sendo de todo más, ficam aquém dos queijos de Nisa ou de um bom pão com manteiga. Pelo menos até ao picante “três bombas” começar a surtir efeito, a conversa deambulou entre o passado, o presente e o futuro.
Talk Talk - Amigo Crazy Charm, porque é que achas que se formaram os I-Glamour?
Crazy Charm – E porque é tem que haver um motivo? E porque não?
Talk Talk – Sim… mas…e conta lá como foi?
Crazy Charm – Se bem me recordo, um tal de Talk Talk andava por lá na altura. Não percebo porque é que me perguntas uma coisa dessas agora pá … sei lá eu!!!
Talk Talk – Olha lá pá… esta batida não te lembra nada? – Disse-lhe eu ao escutar mais um hit do Marco Pollo…
Crazy Charm – Hum… näo.
Talk Talk – É aquela do Dani Silva, o “Toino Descadeirado”…
Crazy Charm – Não estou a ver qual é…
Talk Talk – “Olha o Toino descadeirado, descadeirado, descadeirado…” – cantei-lhe eu ao mesmo tempo que movia os meus ombros, um de cada vez, para a frente e para trás.
Crazy Crazy – Ah!! Já estou a ver…
Nisto começamos ambos a cantar o refrão e a fazer a coreografia com os ombros. A moça que nos servia, espantada, chegou até nós e perguntou se estava tudo bem. “Sim” disse-lhe eu com um sorriso, “está tudo bem, é que sabe…. esta música parece uma do Dani Silva…”, “Ah…” respondeu a rapariga enquanto se afastava.
De facto estava tudo bem. Mas esse bem-estar durou muito pouco tempo. O sinal de que tinha terminado foi dado por um estranho som produzido pelas minhas entranhas, extravasando numa apoteótica viagem até ao W.C. que durou mais de meia-hora. Estava findada mais uma entrevista, mais um episódio deste já lendário Talk´s Show.
Foi num Restaurante Mexicano que combinámos de nos encontrar. Cheguei em cima da hora, mesmo a tempo de apanhar o Crazy Charm no balcão a beber uma margarita ao mesmo tempo que, qual explorador das densas florestas tropicais, esgravatava freneticamente as entranhas nasais, em busca talvez da Arca Perdida, ou muito provavelmente de um burrié mais furtivo, que teimava em escapulir-lhe, escondido na penugem farta.
A nossa conversa decorreu calmamente ao som das músicas de Marco Pollo e seus muchachos e ao sabor das iguarias sul-americanas que, não sendo de todo más, ficam aquém dos queijos de Nisa ou de um bom pão com manteiga. Pelo menos até ao picante “três bombas” começar a surtir efeito, a conversa deambulou entre o passado, o presente e o futuro.
Talk Talk - Amigo Crazy Charm, porque é que achas que se formaram os I-Glamour?
Crazy Charm – E porque é tem que haver um motivo? E porque não?
Talk Talk – Sim… mas…e conta lá como foi?
Crazy Charm – Se bem me recordo, um tal de Talk Talk andava por lá na altura. Não percebo porque é que me perguntas uma coisa dessas agora pá … sei lá eu!!!
Talk Talk – Olha lá pá… esta batida não te lembra nada? – Disse-lhe eu ao escutar mais um hit do Marco Pollo…
Crazy Charm – Hum… näo.
Talk Talk – É aquela do Dani Silva, o “Toino Descadeirado”…
Crazy Charm – Não estou a ver qual é…
Talk Talk – “Olha o Toino descadeirado, descadeirado, descadeirado…” – cantei-lhe eu ao mesmo tempo que movia os meus ombros, um de cada vez, para a frente e para trás.
Crazy Crazy – Ah!! Já estou a ver…
Nisto começamos ambos a cantar o refrão e a fazer a coreografia com os ombros. A moça que nos servia, espantada, chegou até nós e perguntou se estava tudo bem. “Sim” disse-lhe eu com um sorriso, “está tudo bem, é que sabe…. esta música parece uma do Dani Silva…”, “Ah…” respondeu a rapariga enquanto se afastava.
De facto estava tudo bem. Mas esse bem-estar durou muito pouco tempo. O sinal de que tinha terminado foi dado por um estranho som produzido pelas minhas entranhas, extravasando numa apoteótica viagem até ao W.C. que durou mais de meia-hora. Estava findada mais uma entrevista, mais um episódio deste já lendário Talk´s Show.