Niitsumy City estendia-se num planalto repleto de verdejantes campos, onde estranhamente não caía neve. Era composta por ruas geometricamente alinhadas, de casas baixas com grande influência arquitectónica europeia, construídas em pedra e com cobertura em telha cerâmica de cor vermelha. Com a proliferação mundial dos ideais niitsumicos ao longo da primeira metade do século XX, muitos ocidentais aderiram ao movimento, pelo que a cidade foi-se desenvolvendo e transformou-se naquilo que é hoje. Para além de Guerreiros Niitsumy viviam nela humanos autóctones, curiosos do movimento, Yetis, bandochis (tosquiadores de Yetis), duendes, caçadores de gambozinos, negociadores de unhas de Yeti, feiticeiros e muitos outros.
Crazy Charm e Talk Talk, apanhando o Mats Borg distraído, saíram sorrateiramente do Hotel e rumaram a Litle Portugal, um castiço bairro na zona norte da cidade. Logo a seguir à mercearia do Teves, que se situava no nº 31 da Rua de Camões, surgia um pequeno beco donde provinha um tremendo cheiro a urina. No meio do beco existia uma arcada, que escondia parte da tabuleta de madeira identificativa duma taberna que dizia “East Mouraria”. Em passo apressado os dois amigos entraram no estabelecimento.
A taberna era tipicamente portuguesa. Pavimento em cerâmico hidráulico, bancos de madeira, mesas com tabuleiro de damas desenhado, cartazes do Zé-povinho a afastar os fiados, balcão com tampo a imitar mármore, galos de Barcelos espalhados por todos os cantos. O calor humano era brutal. Mais de cem pessoas de diferentes origens divertiam-se duma forma salutar e extremamente barulhenta. Os dois Niitsumy eram a par da proprietária da taberna os únicos portugueses que lá se encontravam. Dona Maria da Conceição Li era luso-chinesa e tinha adquirido o estabelecimento após anos de trabalho numa casa de fados em Macau, onde tinha sido cantadeira, guitarrista e cozinheira de petiscos típicos.
Com a entrada dos lusos, um grupo de vinte monges budistas que se encontrava em trânsito para a Índia, reparou nos seus tons de pele e fisionomia. Em tibetano um deles referiu em voz alta, “São portugueses e são Guerreiros Niitsumy”. Nisto fez-se silencio. Dona Maria entusiasmou-se e em forma de dedicatória, com dois Yetis a acompanhar na guitarra, iniciou o conhecido fado “Cheira a Lisboa”. É então que acontece algo de inesperado: os monges, munidos de canecas de barro cheias de vinho tinto da zona do Douro, que balanceavam na cadência da música, começaram a cantarolar um inicialmente tímido “lalala lalala lalalala”, transformado rapidamente num brutalmente sonoro “LALALA LALALA LALALALA”.
Uma lágrima caiu da face dum comovido Talk Talk. Crazy Charm limitou-se a sorrir e disse: “Isto é qualquer coisa de extraordinário, Yetis de 3 metros a tocar guitarra portuguesa”.
Crazy Charm e Talk Talk, apanhando o Mats Borg distraído, saíram sorrateiramente do Hotel e rumaram a Litle Portugal, um castiço bairro na zona norte da cidade. Logo a seguir à mercearia do Teves, que se situava no nº 31 da Rua de Camões, surgia um pequeno beco donde provinha um tremendo cheiro a urina. No meio do beco existia uma arcada, que escondia parte da tabuleta de madeira identificativa duma taberna que dizia “East Mouraria”. Em passo apressado os dois amigos entraram no estabelecimento.
A taberna era tipicamente portuguesa. Pavimento em cerâmico hidráulico, bancos de madeira, mesas com tabuleiro de damas desenhado, cartazes do Zé-povinho a afastar os fiados, balcão com tampo a imitar mármore, galos de Barcelos espalhados por todos os cantos. O calor humano era brutal. Mais de cem pessoas de diferentes origens divertiam-se duma forma salutar e extremamente barulhenta. Os dois Niitsumy eram a par da proprietária da taberna os únicos portugueses que lá se encontravam. Dona Maria da Conceição Li era luso-chinesa e tinha adquirido o estabelecimento após anos de trabalho numa casa de fados em Macau, onde tinha sido cantadeira, guitarrista e cozinheira de petiscos típicos.
Com a entrada dos lusos, um grupo de vinte monges budistas que se encontrava em trânsito para a Índia, reparou nos seus tons de pele e fisionomia. Em tibetano um deles referiu em voz alta, “São portugueses e são Guerreiros Niitsumy”. Nisto fez-se silencio. Dona Maria entusiasmou-se e em forma de dedicatória, com dois Yetis a acompanhar na guitarra, iniciou o conhecido fado “Cheira a Lisboa”. É então que acontece algo de inesperado: os monges, munidos de canecas de barro cheias de vinho tinto da zona do Douro, que balanceavam na cadência da música, começaram a cantarolar um inicialmente tímido “lalala lalala lalalala”, transformado rapidamente num brutalmente sonoro “LALALA LALALA LALALALA”.
Uma lágrima caiu da face dum comovido Talk Talk. Crazy Charm limitou-se a sorrir e disse: “Isto é qualquer coisa de extraordinário, Yetis de 3 metros a tocar guitarra portuguesa”.
6 comentários:
Bonsay?
Será que é porque o nome Niitsumy parece japonês? Grandes chatos pá...erhhhhhhhhhh.
O meu FRANCÊS servia lindamente para indicar para onde é que esse amador de arvores anãs devia ir, mas este blog merece o meu maior respeito pelo que não vou prenunciar mais nada a respeito desta matéria. Seja como for se esse frthrthrthrfgbfgb grtgtrgtr trgrt rtghrtgrtg aparecer novamente leva com um dfgdfgdf dfgdfgdf no dfgfgdfgfd e getgretghtrg.
Tenho dito
Um abraço.
Do aliviado Sexy Sparks
Só queria agradecer todas as palavras que me deixas...e dizer que não te esqueças de fazer um livro (a tua genialidade tem que ir para alem dos blogs).
As musicas...não são as minhas favoritas (sabes porquê)
Um abraço
Sexy Sparks:
Nem imaginas como fico feliz por ver-te nesse estado de alucinação.
Orfeu:
As minhas palavras são verdadeiras. Quanto às musicas não mistures futebol nisto pá, isto não é uma provocação sul-norte, tu sabes que eu não sou bairrista, o meu país é o meu bairro.
Um abraço aos dois do vosso amigo de sempre Talk Talk
Uma palavra: Espectáculo!
afinal duas: És Excelente!
Talk:
Continuas a presentear-nos com a tua tremenda capacidade imaginativa.
Absorvente acção e desfecho imprevisível,são os factores que mais prendem a minha atenção aos epísódios relatados por ti.
"Keep on goin',man"!
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