terça-feira, junho 21, 2005

A Veia Poética de "Facadas"

Mais uma vez o grande e inconfundível “Facadas” Canhoto libertou a sua veia poética em quadras populares de puro êxtase cultural. Temos aqui a épica descrição de acontecimentos vividos por “Facadas” e Zé Caxias em tempos imemoráveis da sua juventude. Resta-nos a nós mortais registar estes momentos divinos de inspiração e acreditar que poderão um dia ser Teatro de Revista, Novela ou quem sabe filme Documentário de Curta Metragem:

Em tempos fui bombeiro
Eu e meu amigo Caxias
Apagámos tanto braseiro
Era um ver se te avias

Que momentos hilariantes
Tanta fama, tanta glória
Fiquem com esta história
Destes tempos tão pujantes:

Certo dia fomos chamados
A acudir 2 moças prendadas
Que com fogo já desesperadas
Viam seus corpos acalorados

Tocámos ansiosos à campainha…
Pouco tempo ficámos a esperar
- Abre a porta minha fofinha,
Se queres esse fogo apagar

- Já chegaram os bombeiros
E trouxemos as mangueiras
- Entrem, entrem cavalheiros
Apaguem-nos estas fogueiras

- Calma, calma minhas queridas
Apagamo-las já sem demora
- Irão concerteza ser bem servidas…
- Isso é para já ou é para agora?

Quando Caxias entra no quarto
Para numa delas o fogo apagar
Já aqui o “Facadas” estava farto
De pôr a mangueira a funcionar

No fim restou ficarmos atentos
Para evitar reacendimentos
Declarámos enfim a extinção
Deste fogo que tínhamos em mão

1 comentário:

Talk Talk disse...

Meu bom amigo Tristan, agradeço o teu comentário. Também já visitei o teu blog e acho que está qualquer coisa de extraordinário. Aparece sempre.