Quinta-feira à noite, Bairro das Palmeiras. Duas figuras, uma alta e esguia e outra roliça e atarracada abeiraram-se da porta da Tasca do Azedo. Vinham de acordo com o aconselhado por Mr. Stylish, de túnica preta e máscara. Pedrito optara por uma mascarilha à Zorro, Piaçá trazia a máscara do Incrível Hulk.
- Que raios Piaçá… isso é caraça de se apresente?
- Era esta ou a do Topo Gijo…
A porta da tasca encontrava-se fechada, como aliás seria de esperar, a folga do pessoal era às quintas-feiras. Bateram (ambos) à porta. A porta foi aberta de forma brusca e do seu interior surgiu um indivíduo. Ali estava a prova que faltava aos defensores da teoria de que o Homem de Neandertal sobrevivera até aos nossos dias. Era uma criatura maciça, com cerca de 1,70 m de altura e a largura dum camião TIR. O pescoço confundia-se com os ombros. O semblante era de tal modo duro e agressivo que os nossos investigadores chegaram a questionar se teria ou não uma máscara colocada. Não tinha. Com uma voz gutural proferiu:
- Porque é que as gaivotas andam atrás dos pescadores?
Fez-se luz na mente de Pedrito. Afinal a primeira frase do enigma também estava resolvida, era uma senha de entrada. Orgulhoso em relação à sua perspicácia proferiu:
- Porque pensam que vão comer tainhas.
- E o que acontece às vezes? – Retorquiu o Homem das Cavernas.
- Por vezes os pescadores andam à caça do berbigão. – Respondeu Pedrito confiante.
- Ok. O consumo mínimo é uma garrafa de vinho. – Disse o porteiro estendendo a mão.
Pedrito tinha, como indicado pelo músico mistério dos i-glamour, uma garrafa de vinho tinto. Deu-a ao porteiro e entrou esquecendo-se de esperar por Piaçá. Este tinha trazido uma garrafa de groselha, que era a coisa mais parecida com vinho que tinha lá em casa. Foi-lhe vedada a entrada. Insistiu. Ficou a conhecer as pedras da calçada do passeio do outro lado da rua. E ali permaneceu sentado, aguardando novidades do interior do estabelecimento.
A Tasca estava irreconhecível. O balcão, as mesas e os bancos tinham desaparecido. No local onde normalmente estava o balcão, encontrava-se um cadeirão de madeira com adornos manuelinos esculpidos, bem por debaixo das prateleiras com garrafas de bebidas variadas e com o cartaz do Zé-povinho a alertar o facto do estabelecimento não permitir fiados.
A sala teria cerca de dezena e meia de pessoas, todos mascarados, aparentemente todos homens. Murmuravam entre si em grupos de dois ou três. Ouvia-se música ambiente de estilo New Age com sons da natureza. A iluminação estava a cargo de velas colocadas no chão junto às paredes e de tochas seguradas por 4 indivíduos a cada canto da sala. As máscaras destes quatro eram idênticas entre si, todas com a figura do Sapo Cocas.
Subitamente ouviu-se por três vezes o rufar dum tambor. Fez-se silêncio e em seguida ouviu-se uma voz proferir:
- Sua Excelência o Grão-mestre dos Glamourosos Cavaleiros da Tasca.
Entrou um indivíduo na sala, provocando vénias cerimoniais dos presentes. Trazia a mesma vestimenta dos outros. No entanto havia algo que o distinguia. A máscara era bela, doirada, provavelmente com a figura do deus Neptuno e trazia um bastão em ferro com a esfera armilar no topo, a luzir prateada. Sentou-se no cadeirão, todos os restantes sentaram-se no chão formando um círculo. Pedrito estava de frente para o Grão-mestre.
- Que a Ilha Perdida se reveja na Ilha Achada. – Disse o líder do grupo, recebendo em troca em uníssono um “Que assim seja”.
Pedrito sentiu um calafrio e pensou: “Que estranha frase… e esta voz… é-me familiar. Será que é de quem eu estou a pensar?”
- Que raios Piaçá… isso é caraça de se apresente?
- Era esta ou a do Topo Gijo…
A porta da tasca encontrava-se fechada, como aliás seria de esperar, a folga do pessoal era às quintas-feiras. Bateram (ambos) à porta. A porta foi aberta de forma brusca e do seu interior surgiu um indivíduo. Ali estava a prova que faltava aos defensores da teoria de que o Homem de Neandertal sobrevivera até aos nossos dias. Era uma criatura maciça, com cerca de 1,70 m de altura e a largura dum camião TIR. O pescoço confundia-se com os ombros. O semblante era de tal modo duro e agressivo que os nossos investigadores chegaram a questionar se teria ou não uma máscara colocada. Não tinha. Com uma voz gutural proferiu:
- Porque é que as gaivotas andam atrás dos pescadores?
Fez-se luz na mente de Pedrito. Afinal a primeira frase do enigma também estava resolvida, era uma senha de entrada. Orgulhoso em relação à sua perspicácia proferiu:
- Porque pensam que vão comer tainhas.
- E o que acontece às vezes? – Retorquiu o Homem das Cavernas.
- Por vezes os pescadores andam à caça do berbigão. – Respondeu Pedrito confiante.
- Ok. O consumo mínimo é uma garrafa de vinho. – Disse o porteiro estendendo a mão.
Pedrito tinha, como indicado pelo músico mistério dos i-glamour, uma garrafa de vinho tinto. Deu-a ao porteiro e entrou esquecendo-se de esperar por Piaçá. Este tinha trazido uma garrafa de groselha, que era a coisa mais parecida com vinho que tinha lá em casa. Foi-lhe vedada a entrada. Insistiu. Ficou a conhecer as pedras da calçada do passeio do outro lado da rua. E ali permaneceu sentado, aguardando novidades do interior do estabelecimento.
A Tasca estava irreconhecível. O balcão, as mesas e os bancos tinham desaparecido. No local onde normalmente estava o balcão, encontrava-se um cadeirão de madeira com adornos manuelinos esculpidos, bem por debaixo das prateleiras com garrafas de bebidas variadas e com o cartaz do Zé-povinho a alertar o facto do estabelecimento não permitir fiados.
A sala teria cerca de dezena e meia de pessoas, todos mascarados, aparentemente todos homens. Murmuravam entre si em grupos de dois ou três. Ouvia-se música ambiente de estilo New Age com sons da natureza. A iluminação estava a cargo de velas colocadas no chão junto às paredes e de tochas seguradas por 4 indivíduos a cada canto da sala. As máscaras destes quatro eram idênticas entre si, todas com a figura do Sapo Cocas.
Subitamente ouviu-se por três vezes o rufar dum tambor. Fez-se silêncio e em seguida ouviu-se uma voz proferir:
- Sua Excelência o Grão-mestre dos Glamourosos Cavaleiros da Tasca.
Entrou um indivíduo na sala, provocando vénias cerimoniais dos presentes. Trazia a mesma vestimenta dos outros. No entanto havia algo que o distinguia. A máscara era bela, doirada, provavelmente com a figura do deus Neptuno e trazia um bastão em ferro com a esfera armilar no topo, a luzir prateada. Sentou-se no cadeirão, todos os restantes sentaram-se no chão formando um círculo. Pedrito estava de frente para o Grão-mestre.
- Que a Ilha Perdida se reveja na Ilha Achada. – Disse o líder do grupo, recebendo em troca em uníssono um “Que assim seja”.
Pedrito sentiu um calafrio e pensou: “Que estranha frase… e esta voz… é-me familiar. Será que é de quem eu estou a pensar?”
9 comentários:
Gosto dessa tarifa de consumo mínimo :-)))
E que aconteceu depois ?
E de quem era a voz?
Vinicius meu rapaz:
Estava a ver que não vinhas aqui ao blog. Só não compreendo (ou se calhar até compreendo) que não o tenhas criticado. Não me digas que até gostaste? Não faz mal, podemos gostar de quem não gosta de nós, ás vezes acontece. Obrigado pela visita. Quanto aos teus comentários no tal post, sempre que os fizeres vou apagá-los. Mas também te digo... se os fizeres apenas vens mostrar que para além de fraco poeta também és fraco homem, pois com homenagens a amigos falecidos não se brinca.
Passa bem.
Obrigado pelo conselho eremita.
Mas esta história, tal como outras, são apenas partes do blog. Agora ando nestas ondas, amanhã serão outras. Mas estou a pensar mudar o template, talvez com uma imagem da Banda!!
Um abraço.
Ora aí está uma boa ideia...
"Go ahead,master Talk"!
Grande abraço!
Já é uma ideia antiga copa mas está dificil juntar os 4 no mesmo espaço e tirar a foto. E depois ainda falta coloca-la no Template... Mas havemos de conseguir.
ó Talk , onde é que foste desencantar aquele bicho ?
Talk, esta troca de galhardetes com esse "senhor" começou onde eu estou a pensar?
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