terça-feira, maio 31, 2005

Crónicas de Zé Caxias - A luta pela autonomia

Estou desgostoso com esta situação. Nunca mais é votada a lei sobre a legítima pretensão de autonomia do Baronato da Ilha do Rato. A recolha de assinaturas prossegue a um ritmo que considero esperançosamente elevado. Passaram apenas dois anos desde o início e já contamos com 19 assinaturas. Tenho um procurador a tratar do assunto. Trata-se de Licínio Chispes. Homem de uma cultura rija como um casco de jerico, com uma agilidade mental comparável a um artista de circo e com uma perseverança superior a uma carraça presa às orelhas de um cão vadio. É verdade que o aspecto do Chispes não é grandioso. A alergia à água (a nível de pele e de estômago) e a tendência quase crónica para andar descalço torna-o um indivíduo de difícil socialização, no entanto parece-me uma boa aposta.
Espero que as autárquicas que se avizinham sejam proveitosas para a causa. Sei que há muitos políticos da nossa praça que me apoiam e que querem uma Ilha do Rato livre e independente do poder centralista de Lisboa. Palmadinhas nas costas não me faltam. Dinheiro gasto em vinho verde, torresmos, caracóis e em meninas para satisfazer apetites de alguns também não.

2 comentários:

Anónimo disse...

Sr. Zé Caxias.
Em primeiro lugar quero dar-lhe todo o meu apoio em relação ao assunto em discussão, mas tenho uma dúvida que não me sai da cabeça, que é: será que poderemos no futuro próximo pensar em visitar esse magnifico e paradisiaco território, é que estou a pensar em tirar lá umas férias, mas não sei se há barracas suficientes para os inúmeros pretendentes que imagino existam nesta altura, já que a paisagem sem fábricas por perto e a pureza das aguas são um grande chamariz.
Com os melhors cumprimentos.

Anónimo disse...

Meu caro amigo Marauder:

Pelo nome suponho que seja estrangeiro, pelo que rejubilo com o facto de a causa passar além fronteiras e também porque o turismo de qualidade é a nossa grande aposta na Ilha do Rato.
Em relação à sua duvida posso dizer-lhe que a Ilha é ocupada na maré alta por pescadores e banhistas não sendo ainda possivel qualquer tipo de construção turistica. Após a nossa esperançada autonomia iremos ai sim contruir um casino e um hotel de 7 ou 8 estrelas. Por enquanto pode ficar nas inumeras casas rústicas que se encontram nas terras envolventes à Ilha. Por exemplo se quiser pode ficar no mês de Agosto, na minha barraca de férias na Fonte da Prata, altura em que rumarei a Armação de Pêra.