segunda-feira, outubro 31, 2005

Star Wars of Charm – Episódio IV

Há pouco… pouquíssimo tempo até, numa galáxia aqui bem perto….


Episódio IV - Uma Nova Esperança?!
O Império domina a Galáxia. No pequeno planeta
Glamour, as forças Rebeldes, chefiadas pelo Capitão
Solo, procuram solução para destronar o maléfico
poder da Imperatriz. Pretende-se descobrir o último
dos Moonwalkers, aquele de que fala a Profecia




A reunião era para ser secreta. Por isso é que os rebeldes decidiram encontrar-se numa casa de banho pública. Simulou-se uma lesão no Crazy Chewbacca, o gigante de pêlo branco, transportou-se a criatura para um cubículo livre, sentando-o numa sanita e iniciou-se a reunião. O espaço era minúsculo, muitos tiveram que se empoleirar nas paredes laterais para visionar o briefing dado por Style Solo. Enquanto Solo falava, alguém massajava o pé esquerdo do Yeti das Estrelas. A cena parecia credível como disfarce.
As notícias que provinham através de palavras sussurradas pelo vento (ou isso ou bufos comprados com cromos dos Pokeamon) indicavam que existia de facto um sobrevivente do clã Moonwalker, um Caminhante do Estilo, escondido algures na Galáxia.
A Profecia era clara nessa questão. Um Caminhante do Estilo, de nome Moonwalker, iria certo dia, durante um qualquer jantar na presença da Imperatriz, executar a famosa dança moonwalking, inventada pelo Guru do Charme, Michael Jet Sun. Esse acto iria, de acordo com a Profecia, destruir o lado Negro do Charme e salvar a Galáxia das terríveis garras da Imperatriz Matrona.
O briefing foi rápido e incisivo. Ficou decidido que Solo e Chewbacca iriam ao Planeta das Iscas na demanda dum velho amigo, Ubi Wan Talk, o último a usar as insígnias dos Caminhantes. Acreditava-se que este saberia do paradeiro do “Desejado”.
Ubi Wan comia a sua sopa da pedra, acompanhada por pão alentejano quando subitamente ouve o tocar da campainha. “Quem será a uma hora destas?”. Ao abrir a porta, a sua pergunta obtém resposta.
- O quê!? Não posso acreditar nisto! Vocês devem ser almas penadas ou assim…
- Nada disso Ubi. – Respondeu-lhe Solo. – Não estás contente por nos ver?
- Então agora são rebeldes hã? Sim senhor… vejo que o arrependimento não mata. Que querem de mim? – Perguntou Ubi Wan.
- Queremos que nos digas onde está o último dos Moonwalker – Respondeu-lhe Solo.
- A velha profecia? Eu também acredito no coelhinho da Páscoa e no Pai Natal… – ironizou Ubi Wan.
- Vá lá, não podemos perder tempo. – Interrompeu Solo. - Sei que detestas a Matrona… sabes onde ele está?
Ubi nunca acreditou na profecia, mas ao mesmo tempo viu ali a única esperança de derrubar a Imperatriz e restituir a Galáxia ao verdadeiro Charme. Então disse:
- Venham comigo. Temo que fiquem desiludidos.
Encaminhando os “convidados” por um corredor, abre a última porta à sua esquerda. No seu interior encontrava-se um jovem. O rapaz dançava, de forma particularmente ridícula, ao som duma música da Britney Space Tears. Os dois rebeldes ficam de olhar esbugalhado e é então que Solo pergunta:
- Quem é este calhau com dois olhos?!
- Eu sou o Sparks. – Responde-lhe o moçoilo com ar feliz – Sou o Moonwalker Sparks.

sábado, outubro 29, 2005

Star Wars of Charm – Let’s look at the trailer ….

A Aventura que não esperava…
“Há pouco… pouquíssimo tempo até, numa galáxia aqui bem perto….”


O escritor é o snifador de cascas de tremoço do costume…
“Enquanto Solo falava, alguém massajava o pé esquerdo do Yeti das Estrelas”


Com os “actores” da Última Bala…
“…um sobrevivente do clã Moonwalker, um Caminhantes do Estilo, escondido algures na Galáxia…
- Quem é este calhau com dois olhos?!
- Eu sou o Sparks. – Responde-lhe o moçoilo com ar feliz – Sou o Moonwalker Sparks.”

Brevemente num Blog perto de si…

sexta-feira, outubro 28, 2005

O Padrinho – Capítulo 5

Dom Caxias era um homem satisfeito. A confiança no seu campeão para bater Martelini era imensa. Especialmente agora. Sim… porque Dom Caxias não se deixa levar por nomes, dicas ou “diz que disse”. Quis testar a nova aquisição e preparou-nos uma surpresa. Mandou instalar o equipamento na arrecadação da tasca do Azedini: computador, monitor, 4 volantes. Fez-se uma corrida. Angelo Stylish simulou uma lesão para não entrar em confronto, Crazy “Olives” recusou-se a jogar. Joguei eu, o Benedito, o Santini e o campeão. Inicialmente as coisas até estavam a correr-me bem. Julguei ir em primeiro. Só depois reparei que o meu carro era o amarelo, o que vinha em marcha-atrás na direcção contrária à da corrida. Estive durante 10 minutos a olhar para o carro do Santini a pensar que era eu que o estava a guiar. O campeão ganhou com 3 voltas de avanço sobre o Santini, 4 sobre o Benedito e a mim… digamos que me ganhou por 13 voltas de avanço num circuito de 10!!
Após a constatação da perícia foi altura das apresentações formais. Jo Cesarini de seu nome, trabalhava por conta própria fazendo de tudo um pouco: Fornecedor de material informático pirata e de resumos de aulas escolares, alentejano de fim-de-semana, criador de frases mordazes.
Era altura do grande desafio. Cesarini versus Martelini. Este último utilizou um truque de última hora que nos deixou preocupados. O jogo que trouxe e que seria o utilizado no confronto não era o mesmo que tinha servido de treino a Cesarini. Este não se mostrou preocupado:
- Ok…tudo bem. Então como é que são os comandos?
Doze minutos depois as 34 horas de treino neste jogo tinham-se demonstrado estupidamente desaproveitadas por Martelini. A derrota foi avassaladora.
A Organização estendeu os seus tentáculos até ao negócio das unhas de Yeti, ao mesmo tempo que cresceu em efectivo de homens.
E é assim que funciona o tráfego de influências. Dom Caxias vai reformar-se em breve. Aguardo serenamente que escolha o novo Padrinho. Talvez venha a ser eu, o seu mais antigo colaborante. Talvez ele venha a escolher outro… o Stylish, o “Olives” ou até quem sabe o Martelini. Claro que se alguma coisa de mal acontecer a Dom Caxias, sem que a sua vontade seja anteriormente expressa, serei eu o nomeado. E vocês sabem… acidentes acontecem.
FIM

quarta-feira, outubro 26, 2005

O Padrinho – Capítulo 4

Dom Caxias não queria acreditar quando ouviu a nossa versão (devidamente romanceada por Stylish) dos factos. Um tipo sozinho tinha sido suficiente para cinco profissionais! E não tínhamos ficado assim lá muito bem tratados. No entanto Dom Caxias é homem de muitos recursos. A sua mente, talhada para grandes raciocínios e esquemas mirabolantes, já tinha uma espécie de alternativa para fazer frente a Martelini, o Toiro Dourado.
Martelini era viciado no jogo. Não na roleta russa, no jogo de cartas ou no dominó, mas sim nos jogos de computador de Corridas de Automóveis. Era esse o seu ponto fraco. Claro que primeiro teríamos que convencê-lo a aceitar o desafio, enfrentando o nosso campeão numa aposta em que poria em jogo a sua empresa. Quanto ao nosso campeão e a dificuldade em arranjá-lo seria um passo posterior.
Numa carta selada, com aviso de recepção (sim porque nenhum de nós queria estar de novo na presença do Martelini), foi a nossa proposta assinada à mão por Dom Caxias. A resposta foi célere: um ornamento taurino muito bem desenhado numa folha de papel A4 com palavras que antigamente não constavam dos dicionários.
A nossa contra-resposta foi cruel. A ira tomou conta de Dom Caxias e de certa forma de nós também. Martelini ao acordar, na manhã seguinte à sua resposta, tinha uma surpresa deitada a seu lado. A parte superior do seu Joystick, que tinha sido brutalmente cortada do resto do “corpo”, jazia inerte no seu leito ao lado dum urso de peluche de cor lilás. O pânico apoderou-se de Martelini. Finalmente compreendeu que se estava a meter com pessoas de mente perversa, capazes de tudo para atingir determinados objectivos. Decidiu então aceitar o desafio e pôr a sua empresa nas mãos do seu talento para jogar computador.
Recebemos a notícia com alegria e até com certo orgulho. Íamos agora decidir quem seria o campeão a enfrentar o terror das estradas virtuais.
Eu demarquei-me logo, dando a entender que jogos mais complexos que o Tetris não eram para mim. Crazy "Olives" acha que os jogos não são suficientemente cool, portanto também não era a pessoa indicada. Seducer é mais homem das arcadas e dos matrecos. Sparks não iria aguentar a pressão da competição. Jony sabia que Dom Caxias não admitia qualquer jogo viciado. Stylish era homem dos jogos de futebol, perito em bater recordes de golos em apenas 3 minutos (ao que consta o recorde vai em 20 golos!), corridas não eram com ele. O campeão teria que vir de fora, alguém em quem confiar e que poderia bater Martelini.

segunda-feira, outubro 24, 2005

O Padrinho – Capítulo 3

A minha mania de chegar adiantado aos encontros enervava de sobremaneira o resto do grupo. Ali estávamos nós, numa esplanada dum café de Setúbal, aguardando Martelini, que se não chegasse atrasado, estaria lá dentro de 15 minutos. O encontro tinha sido marcado atempadamente por SMS. As modernices estavam a implantar-se na Organização.
Entre pensamentos mais ou menos profundos os 15 minutos voaram e com o seu fim surgiu no horizonte Martelini, acompanhado de três raparigas loiras com ar escandinavo.
Martelini era um tipo com uns trinta anos, alto, entroncado e curiosamente também com ar escandinavo, loiro e de olhos azuis. Mostrou-se sorridente e apresentou-se a si e às suas amigas: A Guita, a Linda e a outra não me lembro do nome (era a menos engraçada diga-se).
Elas estavam muito…descontraídas. Durante as normais trocas de galhardetes, nos chamados preliminares, onde se falou do tempo, do futebol, da situação difícil do país, Martelini, enervado com a atenção que as suas amigas estavam a dar ao nosso grupo, deixou escapar:
- Bem… elas como vieram da Holanda e lá é só loiros estão admiradas com vocês, por isso é que estão assim tão dadas, é que vocês são todos morenos.
- Não pá – Disse-lhe Crazy Charm enquanto cuspia mais um caroço de azeitona – isto é tudo uma questão de estilo… de charme, digamos.
Tentando interromper o inicio duma discussão filosófica iniciei as hostilidades de forma educada:
- Sr. Martelini, queremos propor-lhe um negócio irrecusável em nome de Dom Caxias. Ele vê como relevante a sua entrada no mundo dos negócios das Unhas de Yeti, propondo o seguinte: Em troca de boa-vontade e protecção, Dom Caxias pretende uma sociedade igualitária consigo e com o Jony, numa fusão entre as vossas duas empresas. Que me diz?
A resposta de Martelini não podia ser mais directa. Já havia algum tempo que não via uma representação em carne e osso do Zé-povinho, essa mítica figura criada pelo grande Bordalo Pinheiro.
Numa mistura de sentimentos entre o saudosismo e a calma forçada repliquei:
- Então Martelini não quer reconsiderar?
- Não – Disse-me de forma seca.
A conversa, por estranho que possa parecer, continuou apesar do clima tenso. As holandesas estavam entusiasmadíssimas e faziam perguntas. Jony ainda não tinha aberto a boca. Por um lado tinha recebido indicações de Dom Caxias para assim permanecer, por outro o seu inglês era fraco demais para manter uma conversa com as raparigas. Uma delas, reparando no seu silêncio questionou-o:
- You are so quiet. You don’t speak english?
Denotando uma dificuldade imensa Jony apenas conseguiu dizer:
- Hum… I… hum… just a little “bitch”.
O erro provocou o descalabro. Eu e a rapaziada não nos conseguimos conter e rimos desalmadamente, as raparigas ficaram sérias sem perceber o que se passava, Martelini ficou enfurecido e desatou a descarregar a ira sobre nós. Sparks foi o primeiro a sofrer caindo como uma árvore abatida no chão, “Olives” “desapareceu” de cena rapidamente, eu “fui” à sua procura, Seducer ainda tentou elevar uma das mesas mas já foi tarde, Stylish simulou uma lesão, utilizando a mesma táctica que usa nas peladinhas de fim-de-semana, Jony ainda foi o único a “molhar a sopa” com um pontapé, mas na resposta caiu sobre Sparks, o que lesionou este último ainda mais.
O tipo era danado para a pancada. Para atingirmos os nossos objectivos teríamos que alterar a táctica.

sexta-feira, outubro 21, 2005

O Padrinho – Capítulo 2

A Tasca do Azedini vinha mesmo a calhar. Andar a cavalo cansa. Um repasto de peixe frito com arroz de tomate, regado a vinho tinto era o elixir de que necessitávamos para o retemperamento das forças. Dom Caxias aguardava-nos lá pacientemente. A nossa chegada e a boa-nova que trazíamos, fê-lo transformar-se por momentos numa espécie de vendedor ambulante cigano, tal a gritaria que lhe saiu das entranhas. Dom Caxias estava no seu escritório particular, uma divisão em pladur, situada no logradouro da Tasca. De seguida ordenou que fossemos comer, queria fumar o seu cachimbo em paz, enquanto meditava sobre os negócios.
- Onde estão as minhas azeitonas? Azedini, onde estão a porra das minhas azeitonas? – Perguntou Crazy “Olives” já em desespero.
- Oh meu… passa mas é para cá a vinhaça. – Ordenou Santini Seducer.
- Eu cá quero é água! – Exclamou Angelo Stylish quase ao mesmo tempo.
Ao ver um Azedini totalmente perdido decidi pôr alguma calma na situação:
- Vá lá pessoal… o homem é só um…
- É só um uma merda!!!!! Eu tenho fome! Eu quero comer. – Gritou Benedito Sparks com o seu esbugalhar de olhos tão característico.
É fácil adivinhar que se iniciou uma discussão. As azeitonas do Crazy, que entretanto tinham chegado, serviram para arremesso. Nisto entrou pela porta principal um indivíduo ainda jovem, de estatura média, de estrutura larga. Vinha vestido à motard, trazendo um capacete na mão. Parou no meio da Tasca e sem olhar para nós exclamou:
- Quero falar com Dom Caxias. Alguém sabe onde o posso encontrar?
Reconheci logo aquela voz. Era o Jony. Um velho amigo que tinha saído em tempos da Organização.
- Olha quem é ele! – Disse eu – Sim senhor… já lá vai muito tempo. Que te traz por cá?
- Olha o Talk! – Disse ele sorrindo abertamente. - Pensava que já não estavas por aqui. Ehhh… e os outros cromos todos também ainda aqui estão!!!
Esta última frase, como se pode calcular, não caiu muito bem. Para evitar males maiores levei-o sem perder mais tempo ao encontro de Dom Caxias.
Dom Caxias ficou surpreendido. Não esperava aquela visita. Sentou-o numa cadeira de madeira gasta pelo tempo, em frente da sua secretária. Nós os cinco sentámo-nos onde podíamos para sabermos o que se passava, a fome tinha passado misteriosamente.
Com algum acanhamento Jony lá foi explicando as razões da sua visita:
- Dom Caxias… venho pedir a sua ajuda. O meu negócio na transacção de Unhas de Yeti não anda nada bem. Entrou no mercado um tal de Martelini. O tipo consegue vender o produto a metade do preço, para além de conseguir amolecer as unhas, o que é considerado uma vantagem em qualquer restaurante chinês. Está a roubar-me a clientela toda. Não sei que fazer…
Dom Caxias iniciou então o seu típico ritual: olhou o tecto fazendo uma estranha careta, bateu com o cachimbo na secretária, colocou tabaco no cachimbo acendendo-o com o isqueiro da bic que lhe ofereci no Natal, deu uma passa e começou a cantarolar um antigo êxito dos Modern Talking numa “língua” que apenas ele compreende. É assim que reflecte. É assim que interioriza as questões, que toma as suas sensatas decisões. Calou-se por um momento, fitou Jony com um ar sério e disse:
- Partiste um dia convencido que não precisavas de mim. Eras o maior. Senhor do teu destino. Passados estes anos todos voltas…. e vens ter comigo a pedir ajuda. Que sei eu do negócio de unhas do Bicho Grande das Neves? Em que te poderei ajudar? Eu que sou um humilde homem… que apenas percebo de iscas, vinho tinto e dominó.
- Por favor Dom Caxias… perdoe-me e ajude-me… – Implorou Jony.
Jony sabia o que tinha a fazer. Teria que prestar a devida vassalagem ao Padrinho no ritual secular. Cantando a famosa música “Dom Caxias é bom companheiro”, teve que o transportar ás cavalitas pelo Bairro das Palmeiras durante hora e meia. Depois disso juntou-se a nós na patuscada. Era de novo um dos nossos. O negócio das unhas de Yeti tornara-se agora um mercado alvo da Organização.

quarta-feira, outubro 19, 2005

O Padrinho – Capítulo 1

(A vitória do inquérito foi para “O Padrinho” com 30% dos votos, portanto inicia-se aqui um conto inspirado nessa fantástica trilogia. Mas fica a promessa da sequela da Última Bala e da Guerra das Estrelas (ambas com 23%) para qualquer dia)


O tráfego de influências é um conceito amplamente praticado. Foi na escola primária que comecei a realizar determinadas acções com vista a melhorar a minha qualidade de vida. Os dois “pés esquerdos” que possuo, cedo me transportaram para o banco de “suplentes” do pátio da escola, onde enquanto comia o meu papo-seco com manteiga, via o “Chalana “ escolher a equipa, definir as regras, marcar golos e tornar-se o herói do recreio. Cansado da situação, que se tornava insustentável, comecei a movimentar-me por entre círculos de influência (travando conhecimento com a maltinha da 4ª classe), tendo ainda adquirido uma bola de “catchu”. Ao fim duns meses, mesmo sem saber dar um chuto na bola, era eu quem escolhia as equipas, quem definia as regras e quem tinha os sorrisos das raparigas.
Hoje… à beira dos trinta anos, sou um dos pilares da Organização, chefiada por Dom Josepe Caxias. Muitos boatos correm sobre a Organização, nada do que se diz foi provado. Na realidade a Organização não é mais do que uma troca comercial: “eu apoio-te e tu depois apoias-me a mim”.
Dom Caxias é um homem sereno, jovial, de cabelo castanho ondulado e grosso, bigode à “Artur Jorge Campeão Europeu”, com uns sessenta anos que mais parecem quarenta e cinco.
As suas ordens tinham sido claras: “O Crazy “Olives” tem que ter aquele curso acabado…faz-nos falta. Façam o que for necessário.”
A gastroenterite devida ao consumo excessivo de azeitona tinha provocado a Crazy o chumbo na cadeira final de curso. Foram encetadas várias negociações com o Professor Mendes, regente da cadeira, que saíram infrutíferas. Era altura de pôr fim ás negociações e escrever um “aprovado” na pauta.
Eu, Angelo Stylish, Benedito Sparks, Santini Seducer e o próprio Crazy “Olives” partimos sem demora para uma conversa franca e civilizada com o Professor. O Departamento de Ciências Politicas é um edifício microscópico, escondido entre a cantina e um pequeno pinhal. O gabinete do professor situa-se no primeiro andar. A nossa passagem pelo Campus causara grande pasmo. Definitivamente não estavam habituados a ver cinco homens a cavalo, munidos de lanças, escudos e espadas. Os cavalos relinchavam, estavam inquietos, foi complicado guia-los até ao 1º andar do edifício.
A porta do gabinete encontrava-se fechada. Ouviam-se gargalhadas e reconhecia-se a música dos Pink Floyd. Sem mais hesitações prontifiquei-me a incitar o cavalo a derrubar a porta. Em dois tempos eu e Crazy “Olives” estávamos dentro do gabinete, montados nos cavalos e a minha lança cravada na secretária, furando sem dó nem piedade um livro do Código Da Vinci, enchendo de pavor o Professor e as suas duas assistentes.
Meia hora depois Crazy “Olives” saía da Universidade já Doutor com uma média final de 17 valores.
- Luigi – disse-me Crazy enquanto cuspia um caroço de azeitona – acho que foste um pouco ríspido. Estragaste a leitura ao homem.
- Não pá. – Disse-lhe eu – fiz-lhe um favor. Já está na hora dele começar a ler outro género de livros.
- Dizem-me que este livro tem um assunto bem interessante. – Disse-me Crazy.
- Interessante?! – Interroguei eu – Que interesse pode haver no focinho da Mona Lisa?!

segunda-feira, outubro 17, 2005

O calor prejudica o raciocínio

O Antunes era o cromo quase cliché. Alto, magríssimo, óculos desactualizados, borbulhas na cara, tímido, capacidade intelectual brilhante. Quase cliché e não cliché porque essa capacidade intelectual não era visível nos resultados escolares. Os 10 valores a biologia no décimo ano ficaram a dever-se à média dos 6 testes que se fizeram ao longo do ano. Antunes esteve presente em apenas três!!! Faltou aos outros porque, segundo ele, aqueles já eram suficientes.
Não era um tipo de trato fácil. Nunca em algum momento dos três anos de convívio escolar meteu conversa com quem quer que fosse. Todas as vezes em que se vez ouvir foi em resposta a alguma pergunta.
Ouve porém um dia em que Antunes decidiu causar impacto. Tornar-se o centro das atenções.
Ao chegar à 1ª aula da manhã (atrasado como sempre) era visível o estranho inchaço a que o seu corpo parecia votado, por debaixo da camisa e das calças de ganga. A inquietação na sala de aula durou até ao seu final, momento em que interrogámos o Antunes:
- Então pá. O que é que trazes debaixo da camisa? Parece que vens inchado!
- É surpresa. Mais logo vocês vão ver.
Na altura fiquei perplexo. Não pelo mistério criado mas pelo facto de ouvir duas frases seguidas da boca do Antunes.
Pois bem. E foi no 2º intervalo que veio a grande surpresa. Em pleno pátio da escola despiu a camisa, as calças e os sapatos, ficando em pijama e roupão, que estranhamente trazia vestidos por debaixo da roupa. Sentou-se num banco e sacou do jornal e de uma caneta que tinha na mochila.
- Antunes o que é que estás a fazer? – Perguntei-lhe.
- Estou a acabar as palavras cruzadas. – Respondeu-me ele com um sorriso.
- E para isso tinhas que o fazer de roupão? – Perguntei-lhe de novo.
- Não. Estava era a ficar com calor. Não consigo pensar quando tenho calor.

sexta-feira, outubro 14, 2005

Glamour i – O Tributo aos i-glamour

Surgiu na senda bloguista uma singela homenagem à nossa banda. Licínio Chispes teve a ideia de criar um Grupo de Cantares Alentejano de Tributo aos i-glamour. Vocês poderão perguntar: mas porque carga de água um tipo criado no Barreiro, que nem sabe distinguir uma pauta de música dum livro de receitas ilustrado, forma um grupo de cantares alentejano? Pois… não sei… o que importa é que me sinto comovido com a ideia e que Chispes tem todo o meu apoio.
Importa referir que já assisti a uma actuação deste singelo grupo. Nomes conhecidos da região como Ti Bezana ou Manel “Espetadas” (estes sim alentejanos de gema) fazem parte do projecto, proporcionando com as suas vozes regadas em vinho do Esporão momentos de puro êxtase em experiências sonoras nunca ouvidas.
Mais do que um tributo aos i-glamour é um tributo ao glamour em si, visível nos coletes cintilantes ou nas pinturas das faces ao estilo dos “Kiss”. É também uma homenagem ao universo punk rockeiro em que a rebeldia do bombo dos Bombeiros Voluntários da Baixa da Banheira e as vozes em uníssono do Grupo de Cantares transportam as melodias para caminhos nunca antes trilhados.
Licínio… obrigado pá.

terça-feira, outubro 11, 2005

O malfadado pau de vassoura do Engenheiro Silva


Entrar no Hospital com um pedaço dum pau de vassoura encravado no ânus é ruim. A cena passar-se num Domingo à noite, que corresponde de certo modo à hora de ponta do serviço de Urgência, é muito mau. O médico de serviço ser o primo direito da ex-mulher é na realidade um azar do caraças.
O que de certa forma ajudou o Engº Silva, foi o facto da história que tinha para contar ser perfeitamente plausível. No gabinete médico juntaram-se duas enfermeiras, os dois bombeiros que o resgataram da sala de estar de sua casa, uma obstetra que mandou interromper um parto, quatro auxiliares e o próprio ex-primo, o médico de serviço. Todos procuravam saber a história que Silva tinha para contar. De forma fluida mas com a dificuldade de quem estava deitado de costas numa marquesa, o Sr. Engenheiro iniciou então os “relatos” daquilo que supostamente lhe tinha sucedido:
“Como qualquer homem divorciado, faço as lides da casa. Gosto de o fazer ao som duma música calminha (a música no link). Devido ao calor que se fazia sentir optei por tratar das coisas sem roupa, ou seja, totalmente nu. Na altura em que varria a sala reparei que uma das lâmpadas do candeeiro de tecto estava fundida. Coloquei a vassoura em pé junto ao sofá. Fui buscar o escadote para mudar a lâmpada. Depois de consumada a mudança e quando descia do escadote tropecei e caí precisamente sobre a vassoura erguida e aconteceu isto…”
Todos pensaram: “Que azar!!!!!!”. Bem… todos não, a seguinte questão veio à mente de uma das enfermeiras: “Se o tipo até nem tem o rabo assado e o pau da vassoura quer-se seco para não escorregar das mãos… para que é aquela vaselina toda?”

segunda-feira, outubro 10, 2005

i-glamour - Vitória esmagadora

Qual a melhor banda de charming punk rock do Mundo?

i-glamour
Votos - 10
Percentagem - 76,9%

Trio Odemira se enveredasse por ai
Votos - 2
Percentagem - 15,4%

Todos menos os i-glamour
Votos - 0
Percentagem - 0,0%

Esse estilo não existe
Votos - 1
Percentagem - 7,7%

Não sei ou não respondo
Votos - 0
Percentagem - 0,0%


E pronto!!! Mais quatro anos de mandato. Os i-glamour prosseguem a sua senda de vitórias com mais uma conquista, mantendo o titulo de maior banda charming punk rock do Globo!!
As estatísticas já assim davam a entender mas a consulta popular levada a cabo nos últimos dias veio confirmar e até superar as melhores expectativas. Maioria absoluta para os i-glamour. Com uma abstenção inexistente (0% de votos em “Não sei ou não respondo”), os grandes derrotados são mais uma vez o Trio Odemira, caso enveredassem pelo charming punk rock. No entanto no seio do grupo denota-se alguma mágoa pela descrença de 7,7 % dos eleitores que afirmam desconhecer a existência do charming punk rock. A esses aconselhamos a leitura assídua deste Blogue ou então que vejam nas páginas amarelas o telefone do Coelhinho da Páscoa e liguem-lhe…ele vai confirmar a nossa tese.
Resta-nos agradecer à população este voto de confiança e prometer que iremos, durante os próximos quatro anos, honrar este título que tão generosamente nos foi agraciado.
Caso nos vejamos de alguma forma envolvidos num assunto do foro judicial, prometemos não abandonar os nossos fãs e voltar a concorrer ao título de maior banda charming punk rock, doa a quem doer…

sexta-feira, outubro 07, 2005

The Love Boat – O Batelão do Amor


“Venha a bordo, estamos à sua espera”. Com esta frase publicitária, “Facadas” Canhoto inicia um projecto de elevado sentido empresarial que combina o turismo fluvial, a hotelaria e o … romantismo.
Com uma visão muito além do seu tempo, recuperou um dos batelões encalhados nos lodos da Praia do Rosário, dando-lhe o nome de Bota do Chispes, em homenagem ao seu velho amigo Licínio Chispes. Jovens atletas do Clube de Remo de Sarilhos Pequenos distribuídos por quatro embarcações puxam e guiam o batelão pelo Mar da Palha no circuito programado com escala nos seguintes 5 pontos turísticos:
- Foz do Coina – as chaminés da Siderurgia Nacional;
- Barra-a-barra – o mistério das fábricas da antiga CUF;
- Cais de Alhos Vedros – o contacto com as gentes;
- Praia do Rosário – os banhos de sol e mar;
- Ilha do Rato – a beleza histórica e natural do enclave;
Estão previstas inúmeras actividades a bordo, como a apresentação de ranchos folclóricos, jogos tradicionais, pesca da tainha e música ao vivo.
A bordo será possível assistir à actuação do Quarteto All 4-1, composto por Tony Crak, Peter the Voice, um piano e uma garrafa de whisky velho. Tony é um Yeti pianista de valor incontestável, Peter é um Peru das Neves cantante de experiência vasta no mundo da música, o piano é branco e com teclas bem grossas ao estilo yetiano, a garrafa permanece sobre o piano e vai sendo “manejada” por Tony ao longo do concerto. Músicas como Loving You, New York ou Love Boat farão parte do reportório que findará assim que a garrafa ficar vazia.
Os jantares serão ao ar livre, ao largo e com a maré-cheia (de forma a evitar os cheiros dos esgotos) e serão cuidadosamente confeccionados pelo Chefe Luís Azedo. Embora a carta seja vasta aconselham-se pipis fritos, caracóis ou pataniscas de bacalhau com arroz de tomate.
Para pernoitar serão montadas tendas de campanha cedidas pelos Escuteiros da Baixa da Serra, utilizadas na grande Reunião de Escutas em 1986. Aconselham-se os interessados a trazerem assadores e geleiras cheias de víveres e bebidas pois os almoços não estão incluídos.
Será o sítio ideal para uma segunda lua-de-mel ou para um simples fim-de-semana a brotar romance por todos os poros.
Bem-vindos a bordo.

quinta-feira, outubro 06, 2005

Crónicas do Zé Caxias – Hoje são febras de pata negra, amanhã já são costeletas.


O Futebol Português é bastante volátil. A 3ª divisão distrital de Setúbal não foge à regra. O campeonato até nem nos está a correr mal: 5 jogos, duas vitórias morais, duas derrotas incompreensíveis e um empate técnico. No entanto este empate também não nos deu qualquer ponto, uma vez que foi obtido já o árbitro se encontrava no balneário. O “homem do apito” teve que procurar refugio, a meio da 1ª parte, devido às sandes de coirato e às minis que sobrevoavam o pelado do Estádio do Lombo, na Fonte da Prata. Mas a verdade é que os sócios já querem a minha cabeça. Desesperam por resultados.
Eu acho que neste último encontro para a Taça Inter-Tascas demos uma boa resposta: perdemos apenas por 3-0 com a selecção de casados da GNR da Moita. Chegámos a dominar grande parte da partida em que eles apenas marcaram um golo em contra-ataque. Refiro-me aos últimos 10 minutos em que os guardas jogaram com apenas 8 elementos, pois o guarda-redes e os dois avançados tiveram que ir entrar de serviço.
O cargo de Director Técnico que ocupo é bastante absorvente, exige esforço, sangue frio, pulso firme. É impressionante a falta de amor à camisola que por vezes se detecta nos jogadores. “Castanhadas”, o nosso defesa-central mais influente, recebeu uma proposta do Sporting Serrense e veio logo ter comigo exigir melhores condições. Parece que os tipos lhe ofereceram uma trotinete eléctrica para se deslocar aos treinos e dois quilos de Ovomaltine por mês. Isso está para além das nossas possibilidades, a nossa aposta é na formação, temos que controlar as despesas. No fim da época vai-se embora. Por certo outro de igual talento ocupará o seu lugar. Não será difícil encontrar nas nossas camadas jovens um defesa-central que faça culturismo, que seja porteiro de discoteca e que aguente por jogo pelo menos 20/25 minutos em campo.
Bem… a bola é redonda e geralmente começa-se com 11 de cada lado… portanto acreditemos que melhores dias virão.

terça-feira, outubro 04, 2005

O Rapto de Mogodochi – I´m Ready…


Seria complicado descobrir Mogodochi no meio de tanta gente idosa, por certo estaria com roupas ocidentais e o seu ar amadurecido pelos cabelos e barba branca ao estilo Gandalf do Senhor dos Anéis, tornaria a busca difícil.
Talk Talk procurava o Supremo com o olhar, Du Frak bebia um Sucol de Laranja junto ao bar e Crazy Charm dirigiu-se ao D.J. de serviço e pediu:
- Olá… tudo bem? É o seguinte… quero que tires já essa música e metas o Zoo Station dos U2.
- O quê?! – Admirou-se o D.J. – Deves estar a gozar. Os velhos davam em loucos…e o chefe iria pensar que eu estava a dar cabo das colunas.
- Isto não é um pedido, é uma ordem, meu cretino – Disse Crazy Charm de forma ameaçadora sacando da sua espada medieval – Esta espada trespassar-te-á em milésimos de segundo. Faz o que te digo. Agora.
Crazy Charm tinha razões para a exigência. Mogodochi era doido pelo tema, certo dia tinha perdido a compostura em pleno Templo Doirado. Perante centenas de convidados ao som do tema, criou uma dança/ritual única, que por certo iria repetir se se encontrasse na Discoteca e ouvisse de novo a música.
O D.J. colocou então a música. As centenas de pensionistas que procuravam diversão e cura para a espandilose pararam e ficaram sem saber como reagir à batida. De repente um indivíduo aparentando uns 80 anos levanta-se duma cadeira e inicia uma panóplia de movimentos bizarros no centro da pista. Era ele, o Mogodochi. Com o cabelo grisalho cheio de brilhantina e puxado para trás, agarrado por um rabo-de-cavalo e sem a sua barba tradicional estava praticamente irreconhecível. Mas aqueles movimentos eram reveladores. Ágil como um jovem bailarino num misto de break-dance e Thai Chi, Mogodochi estava incontrolável no centro da pista. Talk Talk dirigiu-se ao Grande Mestre e disse respeitosamente:
- Mogodochi, V. Exa. tem que vir connosco. Nós viemos buscá-lo, ninguém pode saber que aqui está.
- Tem calma meu – Respondeu-lhe num português quase sem pronuncia – Relaxa, bebe, diverte-te, amanhã já me vou embora. Não stresses …
Seria impossível levá-lo à força. E depois a promessa de regressar no dia seguinte acalmou os três amigos. Limitaram-se então a fazer o que Mogodochi tinha pedido. Relaxaram, beberam, divertiram-se, beberam…
Pelas 10 da manhã do dia seguinte já Mogodochi sobrevoava o Mediterrâneo a caminho da sua terra natal. Mas algo o deixava pensativo: “O que teria acontecido a Du Frak e aos dois valorosos Guerreiros Niitsumy que o acompanhavam? Só me lembro de vir embora e eles ficaram numa mesa a conversar com aquelas senhoras”.
Longe dali, algures em Cascais, um Crazy Charm ressacado acorda numa cama que fazia lembrar a de um hospital. Olhando para a mesa-de-cabeceira apercebe-se dum enorme arsenal de medicamentos que escondem parcialmente um copo com água. Ao desviar os medicamentos repara que no interior do copo está uma dentadura. Em pânico liga o telemóvel para falar com Talk Talk. No momento em que começa a ligar surge o próprio Talk Talk entrando apressadamente no quarto dizendo:
- Vamos “bazar” daqui Charm!!! Estamos num lar da 3ª idade!!!
FIM

segunda-feira, outubro 03, 2005

O Rapto de Mogodochi – Febre de Sábado à noite


O regresso dos nossos heróis a Portugal foi célere. A notícia divulgada pela Feiticeira deixou toda a gente em estado de choque. Mogodochi nunca tinha saído do Tibete, a sua Energia era vital para o local. Era agora imprescindível a manutenção do segredo, ninguém poderia saber que o Senhor dos Niitsumy estava longe, na diversão, enquanto a Guerra-fria com os Minochi prosseguia. A coincidência do local escolhido por Mogodochi para a boémia colocou os dois amigos no epicentro da trama.
As ordens dadas pelos Mestres dos Templos tinham sido claras: Talk Talk, Crazy Charm e o Yeti Du Frak iriam resgatar Mogodochi das garras da rambóia, convencendo-o a regressar à sua terra natal.
Coincidência ou talvez não, a chegada do trio a Portugal deu-se num Sábado do fim do mês de Janeiro. Nessa noite jantaram no Restaurante “Muralha da China” na Baixa da Banheira. Este Restaurante chinês é uma fachada. Nas caves do mesmo existe um clube niitsumico, onde membros de toda a Europa desta estirpe de guerreiros se encontra para confraternizar, definir estratégias, jogar à bisca e ao dominó.
Após o repasto foi altura de apanhar um táxi perto do Café Alentejano, na Estrada Nacional e rumar à Cleópatra, a Discoteca/Clínica de Fisioterapia mais famosa das redondezas. Não foi fácil colocar Du Frak no táxi, mais difícil foi retirá-lo. Disfarçados de Disco Stars dos 70´s entraram no estabelecimento cuja pista bombeava bits tresloucados de um hit dos Bee Gees. Centenas de indivíduos de idade avançada dançavam freneticamente. Quase inconscientemente Charm e Talk puxam cada um do seu pente no momento em que chegam à pista, executando movimentos de genuíno estilo, próprios de quem domina a situação. Du Frak puxa duma forquilha e executa os mesmos movimentos no seu pêlo, ligeiramente menos estiloso.
Onde estaria Mogodochi? Iniciaram-se então as buscas na Discoteca.