A Taberna do Butongo, ex-libris da Fonte da Prata, serviu de palco a uma cimeira bilateral, onde Pedrito Bodega e o próprio Zeca Butongo (proprietário do estabelecimento) serviram de intermediários. De um lado Zé Caxias, do outro a dupla dissidente Tio Bento e Albino Calhau. Se inicialmente as coisas pareciam frias, com trocas de acusações e olhares de inimizade, aos poucos, depois de meia dúzias de ginjas, vieram os sorrisos, as piadas, as histórias antigas e tudo voltou ao normal. A estabilidade política regressou à Ilha do Rato.
Chegando-se facilmente a consenso foi tempo de assinar o tratado, o qual depois de carimbado foi levado sem demoras para a Torre do Lombo, ficando depositado na secção 3, junto aos enchidos e aos rojões. Para quem quiser consultar este documento estará identificado pelo VMC (código de identificação – Vinho a Martelo Code) com o nº 144/05 – Estádio 8. Este estádio corresponde na escala criada e mantida pelo arquivista Ti’Bezana a um pré-coma alcoólico do próprio.
Deste tratado constam os itens que passamos a descrever:
- Albino Calhau e Tio Bento aceitam unilateralmente os direitos hereditários de Zé Caxias sobre a Ilha do Rato, prometendo defender esses direitos quando estes forem ameaçados;
- Zé Caxias aceita criar o Ministério do Vinho, do Dominó e das Outras Culturas Taberneiras, que será tutelado pelo Tio Bento;
- Serão fornecidos apoios a agricultores que pretendam proliferar a cultura da alcagoita, vulgo amendoim, sendo criada uma Secretaria de Estado própria, que ficará na alçada do Ministério atrás referido.
- A Albino Calhau serão entregues 6 fardos de palha para o burro que tem a pastar no terreno da Lagoinha.
- Albino Calhau ficará também com uma quota de 12% sobre os lucros totais do futuro IVAM (Imposto Vinho A Martelo), a ser cobrado em todas as Tascas e Adegas. Reformados e menores de 16 anos ficam isentos do seu pagamento;
2 comentários:
Não acho justo ter que pagar IVAM. O vinho devia ser comparticipado pelo Estado pá.
best regards, nice info
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