segunda-feira, maio 19, 2008

O fim do Mito – Parte II

Começava a ficar nervoso. A dita prova estava ali em cima da mesa. Um conjunto de folhas A4 presas em argolas com uma capa de plástico de cor alaranjada que dizia: “Guerreiros Niitsumy”. Vinha assinada por um conhecido jornalista de investigação que já tinha desmascarado entre outras a história das pegadas de dinossauro na Praia dos Tesos. Provou-se que Licínio Chispes tinha andado por lá durante uma apanha de lamejinhas. Mais uma vez o tamanho dos pés do Licínio a lançar a confusão.
Comecei a desfolhar o documento e quando dei por mim já estava a bordo duma nave espacial a caminho de Plutão. Tal como a nave do Pete, a minha também não era a Galáctica. Era mais uma espécie de queque gigante, mas em vidro, onde podia olhar tudo à minha volta!
“Então mas os Yetis não existem?!”, perguntei em pânico.
“Não… são ursos polares que viste provavelmente no jardim zoológico”. E de repente vi a Lua a ficar para trás no espelho retrovisor do queque voador.
“E o pardal do Mogodochi que às vezes me fala ao ouvido?!”.
“Imaginação Talk… já pensaste em escrever um livro… ou em ir ao médico?”. Ao olhar para Marte, conclui que afinal não é bem encarnado é mais para o bege.
“Mas… mas e eu já estive lá! Já estive no Tibete… eu, epá eu conheci o Mogodochi!”.
“Tens a certeza? Não estiveste antes na Serra da Estrela? E olha que velhos barbudos vestidos de túnica de seda amarela, com chapéu de cuco e que gostam de fazer sapateado é o que não falta por ai…”. Confirmo, Plutão não é um planeta… é uma bola de ténis, foi pena não me ter lembrado de trazer a raquete.
“Mas… mas eu sou um Guerreiro Niitsumy! Porra… confesso, eu sou um deles… como explicam isto hã?!”
“Ah pois é! Apanhado! Eh eh eh eh eh eh”. Queque de vidro colide com bola de ténis.
“Era isso que nós queríamos… que confessasses que eras um guerreiro Niitsumy! Nós andávamos desconfiados… aquele pardal sempre a poisar no teu ombro… a forma estranha como comes o arroz… tinhas que ser!”, disse o Panchito.
“Oh Pete… já viste isto… apanhado pá! Fogo, eu… apanhado!”.
“Hã!? Epá está calado senão os gambozinos ouvem-te e fogem!”.

5 comentários:

Titá disse...

Talk, eles estão a baralhar-te. Agora é que te estão a enganar...claro q existem...existem sim e tu sabes que sim...vá lá...não te deixes influenciar por esses tontos...eles também me queriam convencer que o Peter Pan não existia.

Talk Talk disse...

Titá não me recordes a história do Pan... quando descobri que era impossivel voar já era tarde demais... já vinha a 2 metros da calçada!

Anónimo disse...

epa Talk não stresses, a verdade é dura demais para alguem tão bom como tu...o queque é um bolo de arroz, marte não é beje mas branco perola, plutão é uma bola de snooker listada, e os guerreiros... talk...a verdade é que so é hoje quando acordarmos amanha. Descansa James...

Talk Talk disse...

Pete:
Vejo que já voltaste da apanha de gambozinos...
Temos mas é que combinar mais uma petiscada (com ou sem futebol)... pode ser que ainda dê para cantar um faducho à desgarrada!

Anónimo disse...

Á desgarrada ou vadio? Vadio ou corrido? Corrido ou Alexandrino? Alexandrino ou à Zé do pipo?