terça-feira, março 16, 2010

LEI DA ROLHA

Não existem partidos cá nas terras do Barão. Não é um problema de democracia, mas sim de saúde. Sempre que se fala em partidos o nosso líder sofre uma espécie de ataque de tosse bastante intenso e até assustador que só não é letal graças ao seu arcaboiço, alicerçado em anos e anos de consumo de bagaço, vinho e licor de poejo. Bem, não é só a saúde dele a penar. Quem profere a palavra parece perseguido por uma estranha maldição.
Muitos dos que ousaram referir o termo sofreram mazelas irreversíveis. Poderia aqui referir a altura em que Ti’Bezana propôs a criação dum partido para “debater” (outra palavra nefasta) a situação da Ilha com o Barão. Dois dias após tal observação o velhote, enquanto seguia na sua bicicleta rumo ao terreno que possui nas Arroteias, foi colhido por uma mula junto ao caminho-de-ferro. A mula corria desvairada perseguindo uma carrinha com uma cenoura atada num cordel preso à traseira. A mula era do Barão. A carrinha e a cenoura também. Há coincidências incríveis.
Eu não quero enfermar o Barão. Nem tão pouco quero desafiar o Universo, pois acreditem que a mula é bem grandinha. Mas era giro ter partidos. Mais que não seja pelos Congressos que se poderiam realizar. Muita gente junta, uns a gritar, outros a dormir. Votar coisas sem saber muito bem o quê e de forma bem desorganizada. Era giro. E aposto que por aqui, se fossemos votar algo que ficasse conhecido por Lei da Rolha, iríamos certamente ter muitos congressistas. Rolha soa a garrafa. Garrafas geralmente são de vinho e por cá ninguém nega um copito!

1 comentário:

Mac Adame disse...

O sistema político da Ilha do Rato parece-me perfeito. Deixem-se lá de partidos, que depois esses é que absorveriam o dinheiro todo que devia servir para ajudar a população.