Grandes gurus do exercício físico da região têm dissertado opiniões sobre como, quando e onde devem ser ministradas determinadas metodologias de treino.
Betinho Moreira, treinador do Real Banheirense na década de 80, responsável pela manutenção da equipa na 3ª Divisão Distrital durante 5 anos, foi o criador desse grande método do treino físico denominado “O Trolha”.
Betinho tinha uma pequena empresa de construção civil e punha a malta a trabalhar para ele. Ele não pagava ordenados e o pessoal treinava e aprendia uma profissão em simultâneo. Eu fui seu atleta/funcionário mas nunca consegui adaptar-me aos treinos. Acartar baldes de massa e mandar piropos foleiros às moçoilas que passavam não eram a minha especialidade. Ao fim de três meses fui dispensado para o Fonte Pratense e por lá fiquei até ao fim da carreira.
Já como treinador tentei aplicar um método similar mas com uma nova dinâmica: “O Arrumador de Carros”. Consistia em colocar os meus atletas a andar nos parques de estacionamento da região a… arrumar carros, obtendo gorjetas que revertiam obviamente para o treinador.
Certo dia um atleta colocou em causa o método e questionou-me: “Mister… não devíamos fazer antes trabalho de ginásio? Isto de andar a arrumar carros não é coisa para mitras?”.
Apesar da insolência e porque tive pena do rapaz, por ser burro que nem uma porta, respondi-lhe: “Meu trambolho de quatro patas! Como é que queres aguentar noventa minutos de jogo se nem fazes 5 euros numa manhã? Achas que o Flechas consegue baixar dos 16 segundos nos 100 metros à custa de treino de ginásio?! Não fosse o gajo ter que correr atrás dos condutores forretas todas as manhãs e o extremo mais rápido da região ainda era o Bobí, o cão do Ti Rodrigues.”
Escrito por “Facadas” Canhoto, Treinador de Futebol
Betinho Moreira, treinador do Real Banheirense na década de 80, responsável pela manutenção da equipa na 3ª Divisão Distrital durante 5 anos, foi o criador desse grande método do treino físico denominado “O Trolha”.
Betinho tinha uma pequena empresa de construção civil e punha a malta a trabalhar para ele. Ele não pagava ordenados e o pessoal treinava e aprendia uma profissão em simultâneo. Eu fui seu atleta/funcionário mas nunca consegui adaptar-me aos treinos. Acartar baldes de massa e mandar piropos foleiros às moçoilas que passavam não eram a minha especialidade. Ao fim de três meses fui dispensado para o Fonte Pratense e por lá fiquei até ao fim da carreira.
Já como treinador tentei aplicar um método similar mas com uma nova dinâmica: “O Arrumador de Carros”. Consistia em colocar os meus atletas a andar nos parques de estacionamento da região a… arrumar carros, obtendo gorjetas que revertiam obviamente para o treinador.
Certo dia um atleta colocou em causa o método e questionou-me: “Mister… não devíamos fazer antes trabalho de ginásio? Isto de andar a arrumar carros não é coisa para mitras?”.
Apesar da insolência e porque tive pena do rapaz, por ser burro que nem uma porta, respondi-lhe: “Meu trambolho de quatro patas! Como é que queres aguentar noventa minutos de jogo se nem fazes 5 euros numa manhã? Achas que o Flechas consegue baixar dos 16 segundos nos 100 metros à custa de treino de ginásio?! Não fosse o gajo ter que correr atrás dos condutores forretas todas as manhãs e o extremo mais rápido da região ainda era o Bobí, o cão do Ti Rodrigues.”
Escrito por “Facadas” Canhoto, Treinador de Futebol
3 comentários:
Claro que o Betinho não pagava nada!
jogadores amadores não têm que receber, só jogar... ou carregar os ditos cujos... baldes. Entenda-se...
:)
Talk Talk,
Cá para mim o Facadas Canhoto é da escola do Paulo Bento...
:)
Abraço.
Quando o Rui Santos descobrir estes métodos,....
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