Foi numa bela manhã de Verão que Lubomir Rocky desembarcou pela primeira vez na Portela. Que estranha visão tiveram todos aqueles que o observaram!! Causou grande frisson. Embora habituados aos estranhos craques de futebol que chegavam às resmas para alimentar os plantéis dos clubes da cidade, isto era absolutamente novo. Dois metros e trinta num corpo rijo e descomunalmente largo, coberto de pelugem branca. A trouxa de pano preto, o chapéuzinho e o papillon vermelho completavam o ramalhete. A noção de excêntrico adquirira agora uma nova amplitude.
Lubomir pouco lhes ligou. Foi à sua vida. A pé porque nunca tinha visto um táxi na vida e também não falava a língua para explicar onde queria ir. Arranjou um quarto na Margem Sul do Tejo e tratou de procurar emprego. Deambulou entre trabalhos variados como ajudante de cozinha, figurante em teatro de revista, espectador de TV, vendedor em loja de lingerie feminina.
Foi durante a sua estadia nessa mesma loja que a sua vida mudou. A dona do estabelecimento, Erica Soraia tinha por ele um carinho especial. “Meu gigante felpudo”, dizia-lhe ela, “Fazes-me lembrar um meu ex-marido. Só vejo duas diferenças entre vocês: os pêlos dele eram pretos e tu consegues articular mais palavras numa frase”. Lubomir sentia-se orgulhoso, as aulas de português começavam a sortir efeito. Já conseguia pronunciar o seu nome e dizer “Bom-dia” sem grunhir!!
Mas não foi por isso que a sua vida mudou. Erica convenceu-o a tirar um curso de pintura de azulejo, em horário pós-laboral. Ele adorou a ideia. Estava entusiasmado. Segundo o que diziam tinha nascido para aquilo. Pintava com ardor e criatividade. Aquela tarefa realizava-o em pleno.
No entanto, numa 5ª feira à noite quando saía da aula, descobriu a sua outra vocação. O famoso Bando dos Calvos, do Vale da Amoreira, interpelou-o tentando um assalto. Eram 17 indivíduos, munidos de armas como colheres de pau, piaçás, cabos de vassoura. “Olha que o gajo é bué da grande!!”, lembrou um dos malfeitores. “Qual é o problema? É grande mas para andar num curso de gajas é por que não é grande coisa”, referiu o líder, gritando de imediato um “a ele que é maricas”.
Rocky não era violento. Mas quando se viu no chão, com 17 mamíferos sobre ele a espancá-lo reagiu. Um safanão e dois murros depois o bando estava KO. O lado animalesco de Rocky veio à superfície quando grunhiu e bateu vezes sem conta com os punhos no peito. Começara um nova era para Rocky.
Lubomir pouco lhes ligou. Foi à sua vida. A pé porque nunca tinha visto um táxi na vida e também não falava a língua para explicar onde queria ir. Arranjou um quarto na Margem Sul do Tejo e tratou de procurar emprego. Deambulou entre trabalhos variados como ajudante de cozinha, figurante em teatro de revista, espectador de TV, vendedor em loja de lingerie feminina.
Foi durante a sua estadia nessa mesma loja que a sua vida mudou. A dona do estabelecimento, Erica Soraia tinha por ele um carinho especial. “Meu gigante felpudo”, dizia-lhe ela, “Fazes-me lembrar um meu ex-marido. Só vejo duas diferenças entre vocês: os pêlos dele eram pretos e tu consegues articular mais palavras numa frase”. Lubomir sentia-se orgulhoso, as aulas de português começavam a sortir efeito. Já conseguia pronunciar o seu nome e dizer “Bom-dia” sem grunhir!!
Mas não foi por isso que a sua vida mudou. Erica convenceu-o a tirar um curso de pintura de azulejo, em horário pós-laboral. Ele adorou a ideia. Estava entusiasmado. Segundo o que diziam tinha nascido para aquilo. Pintava com ardor e criatividade. Aquela tarefa realizava-o em pleno.
No entanto, numa 5ª feira à noite quando saía da aula, descobriu a sua outra vocação. O famoso Bando dos Calvos, do Vale da Amoreira, interpelou-o tentando um assalto. Eram 17 indivíduos, munidos de armas como colheres de pau, piaçás, cabos de vassoura. “Olha que o gajo é bué da grande!!”, lembrou um dos malfeitores. “Qual é o problema? É grande mas para andar num curso de gajas é por que não é grande coisa”, referiu o líder, gritando de imediato um “a ele que é maricas”.
Rocky não era violento. Mas quando se viu no chão, com 17 mamíferos sobre ele a espancá-lo reagiu. Um safanão e dois murros depois o bando estava KO. O lado animalesco de Rocky veio à superfície quando grunhiu e bateu vezes sem conta com os punhos no peito. Começara um nova era para Rocky.
5 comentários:
Ao pé deste, o Rocky Balboa, ou lá como se chama, era um anjinho.
Huum, pela descrição, esse gajo só pode ser ou o Abominável homem das neves ou o Ministro Teixeira dos Santos. Fico na dúvida...
:)
Bem..´hoje já nem vou dormir bem...isto d e ler histórias de terror a esta hora...ai ai
Fico á espera...do próximo "round",ehehh...
Um abraço e uma boa semana, Master Talk..
Uma música: " EYE OF THE TIGER "-
-Survivor
Curte fixe ;-)
Estou erm pulgas pra saber como é que isto vai acabar. Boa semana
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