quarta-feira, julho 26, 2006

Universidade do Charme – Processo Bolonha

Comunicado da Reitoria:

Por razões que nos são totalmente alheias vimos por este meio informar os alunos (e ex-alunos) da U.C. que devem proceder à adequação do seu currículo escolar, por forma a satisfazer as exigências do Processo de Bolonha a ser implementado em Portugal.
Como tal as Licenciaturas em Economia do Charme e Engenharia e Práticas de Sedução, passarão a ter o seguinte enquadramento:

  • 1º ciclo – 6 meses – Grau Licenciado
  • 2º ciclo – 6 meses + estágio com Zé Caxias ou alguém por ele nomeado – Grau de Mestre
  • 3º ciclo – Tempo indeterminado, resultante de sucessão dinástica ou renúncia de Zé Caxias – Sumo Pontífice do Charme. Este último ciclo é comum aos dois cursos ministrados, ou seja, “in the end their can be only one”.


Para os já licenciados, que no fundo têm o segundo ciclo completo, mas que ainda não têm o grau de Mestres, terão que realizar as três actividades curriculares seguintes para o obterem:

  • Fazerem um dueto com Mestre Waits de aproximadamente 3 horas. O candidato deverá acompanhar ao piano Mestre Waits, enquanto este toca percussão com um martelo e um “tijolo de 15”. Nenhuma das 18 garrafas de uísque colocadas sobre o piano deverão permanecer cheias no fim do concerto.
  • Serem capazes de, em 10 minutos, seduzirem uma moça de boas famílias, num bar escolhido para o efeito, sem usarem qualquer uma das seguintes 5 palavras: “tempo, bonita, olhos, sorriso, pevides”. Considera-se a moça seduzida se no mínimo consentir em receber boleia na trotinete (emprestada pela Universidade) do candidato.
  • Apresentarem um Dissertação com tema à escolha da docência. De notar que a dissertação deverá ser escrita em português arcaico, do reinado de Dom Diniz. Já a sua apresentação deverá ser em latim erudito.

Os seguintes licenciados, por razões de currículo profissional não necessitam de proceder a descrita adequação para obter o mestrado: Membros de bandas de Charming Punk Rock e amigos, Guerreiros Niitsumy, Yetis e o Licínio Chispes, caso se decida por andar calçado (também) no Verão.

quinta-feira, julho 20, 2006

Crónica de Costumes por Pipoca Camurça – Chegou o Verão

Olá meus queridos. O Verão chegou e os corpos andam quentes. Tão quentes que é vê-los a beber cerveja como se fossem camelos a beber água. Depois admirem-se de andar bêbados por ai a fazer figuras tristes. Como a Maria Albertina que armou um tal escabeche à porta da Tasca do Azedo que tiveram que chamar os bombeiros. O marido dela com medo de levar alguma trancada da mulher subiu a um poste de iluminação pública, depois não conseguiu descer sem ajuda.

A Praia dos Tesos, local de veraneio da socialite da região, foi palco da primeira festa de Verão de 2006. A coisa até estava a correr bem, mas por volta da meia-noite terminou o bailarico. Uns ciganos acampados mesmo ali ao lado começaram a correr com pessoal à pedrada. Coitados, queriam dormir, na manhã seguinte era dia de trabalho na Feira da Moita.

Quem não parece a mesma é a Litinha Marreca. Perdeu cerca de 30 quilos, já só tem 102 agora!! Tive com ela ontem na mercearia e ela disse-me que anda num médico em Lisboa. No entanto desconfia-se que o resultado é fruto de, para além do marido, ter mais 3 amantes!!

Quem apareceu francamente mal vestida, no baile da Pinha, foi a Rogéria Almeida. Uma verdadeira vergonha. Nem sequer se dignou a ir arranjar o cabelo. E o vestido, embora fosse da banca da Marianita, era claramente da colecção de 2003. Da mulher do Rei dos Canivetes esperava-se mais. Especialmente depois de se saber que o marido anda a “adorná-la” com a afilhada do Tio Bento.

Por agora despeço-me. Vou para junto do meu Zé na sua barraquita de férias na Quinta da Fonte da Prata. Parece que este ano há menos mosquitos, dou graças às descargas das fábricas por isso. Beijocas fofas.


Pipoca Carmurça, 1ª Dama da Ilha do Rato

terça-feira, julho 18, 2006

Receitas com Chispes – O regresso do Licínio Chispes

Pois é pessoal!! Já lá vão meses desde a última vez que pus os pés (salvo seja!!!) neste Blog. Fico honrado, e até ligeiramente possuído por uma aragem de comoção, com esta lembrança do Talk Talk.
O rapaz, apesar dos tiques de vedetismo, não esquece aqueles que o têm ajudado a projectar-se como ícone da blogosfera. Estou-lhe agradecido, ainda por cima nesta difícil fase que atravesso. Não é fácil conviver com as outras pessoas com este calor. Especialmente para quem é alérgico à água como eu! O natural cheiro a queijo da Serra que resvala da base dos meus membros inferiores nas temperaturas amenas, transforma-se agora em algo bastante mais poderoso. Algo que um conhecido intelectual da nossa praça oportunamente classificou de “Chulé Apocalíptico”.
Bem sei que o especialista nas Artes da Sedução é o Zé Caxias. Mas eu também sei uma coisa ou duas. E hoje é sobre esse assunto que venho opinar, mais concretamente sobre a difícil e incompreendida arte do piropo.
Cada piropo deve ser uma obra-prima. Irrepetível. Instintivo. Desinteressado. Só assim atinge o seu objectivo, que é o arrebatamento feminino. Deixo-vos com alguns piropos criados por mim e utilizados ao longo da minha vida com assinalável sucesso:
- Não escondas os sovacos. Os pêlos que deles germinam, embora pareçam a selva Amazónica, não são suficientes para esconder esse belo corpinho.
- Se tivesses todos os dentes da frente tinhas um bonito sorriso!
- Não há aqui moça tão bonita como tu. Espera lá… pronto quer dizer, és a segunda mais gira aqui do baile…
- Não és nada gorda… és é um bocado roliça… a seguir às magras as que gosto mais são as roliças.
- Uau… danças mesmo bem, tens muita energia!!! Não é nada comum na tua idade!

Licínio Chispes

terça-feira, julho 11, 2006

O Ópio do Povo na época dos Descobrimentos.


Passear pelas ruelas, tabernas e tascas duma cidade portuguesa dos fins do século XV não teria sido muito diferente daquilo que hoje podemos desfrutar.
É claro que o futebol ainda não existia, sendo a famosa modalidade Os Descobrimentos, vulgarmente chamada pelas gentes de “Cabra Cega Marítima”o entretém do povo da época. Como tal, em vez das bandeiras verdes e vermelhas tínhamos as bandeiras de fundo branco com a coroa a decorar janelas e varandas, em vez de posters com os jogadores da selecção ou dos clubes de eleição tínhamos quadros com as caras dos navegadores preferidos. Mas as conversas, salvo as devidas adaptações eram muito similares. Não é difícil imaginá-las:
Tipo 1 - Então Peres que me dizes? Com que então o Bartolomeu não presta hã? Lá se foi o Adamastor…
Tipo 2 - Ah isso foi sorte pá. Queria vê-lo era a fazer as façanhas do grande Vascão!!
Tipo 1 - Que façanhas?! Ahahahahah, não me faças rir pá…és um faccioso!!
Tipo 2 – Ri-te ri-te! Vais ver se não é desta que o gajo chega à Índia.
Tipo 1 – À Índia?! Com aquela tripulação de coxos?! Só se o vento e as correntes o ajudarem e mesmo assim…
Tipo 3 – Desculpem interromper, mas … já não se fazem navegadores como no antigamente. Antes é que era meus amigos. Numa casquita de noz e com meia dúzia de tuberculosos íamos longe. Agora? Agora é só tecnologias e fama pá….
Tipo 1– Essa é que é essa!!
Tipo 2 – É o quê!! Vocês são uns saudosistas. O Vascão é o maior!!! (cantarolando) Tiro a boina e curvo-me respeitosamente só pra ti, Vasco Vasco, tiro a boina e curvo-me respeitosamente só pra ti, Vasco Olé, Vasco Olé, Vasco Olé, tiro a boina…