quinta-feira, março 31, 2005

À conversa com Mr. Waits: Queijo, Calgon e Quitoso

Aqui fica mais uma história do grande mestre da sedução. Desta vez partilho com todos os i-glamouricos um brilhante relato feito pelo próprio Tom Waits. É um documento essencial para quem quer conhecer as raízes mais profundas do charme e do glamour. Corria o ano de 1971 e o Mr. Waits era ainda um jovem...

Acordei com uma valente dor de cabeça. E isso não foi o pior...havia no ar uma fragrância a queijo de Azeitão. “mas que raio...sulfato de peúga? Mas o meu outro par de meias está a enxugar desde terça-feira?!” e de súbito ao virar-me dei com alguém deitado ao meu lado. “Meu Santo Charme!!!! Como é que isto aqui veio parar?!”. Deitada que nem uma bela adormecida na minha cama estava uma mulher enorme. Comecei a recordar a noite anterior...uns copos a mais no bar...e o engate foi inevitável. Mas desta vez tinha sido demais. Todo o homem sonha ir com duas tipas para a cama...agora ir com uma que faz duas... isso já é outra história. Tinha um pacote que fazia lembrar os silos da Trafaria. “Tom, tom...que te sirva de lição, acabaram-se as garrafinhas de água das pedras e os suminhos de laranja...pois o resultado é o que está à vista...ou antes, o que não está à vista”. A mulher era enorme. Tomei um banho de água gelada e para não sair em jejum emborquei uma bela sandes de coirato. Quando finalmente consegui encontrar a porta da rua, olhei para trás e pensei “Parece o Tollan...adormecido junto ao Cais das Colunas!!!”.

Ao sair de casa fui ao café mais próximo e dei de caras com o meu grande amigo Ray Charles. Tinha vindo à rua comprar um champô para o cão que estava com uma crise de pulgas tal, que agora passava as tardes a cacarejar que nem uma galinha. Quando íamos a sair do café um tipo meio alucinado com uma caixa de papelão nas mãos foi de encontro a nós e caímos os 3 no chão. O conteúdo do caixote ficou espalhado pelo chão e por cima de nós. Vi-me rodeado de pequenas garrafas de plástico e com a bengala do Ray a fazer-me cócegas no cagueiro. Levantei-me e compus o ramalhete enquanto ajudava o Ray a pôr-se de pé. Ajudamos o pobre homem que pedindo desculpa seguiu caminho, tal como nós.

Passei o resto dia a coçar o cú pelas esquinas de Nova Iorque e o dia foi chegando ao fim. Estava com uma valente comichão na cachimónia e resolvi parar no quiosque do Mr. Klein para comparar um tónico capilar. O quiosque do Mr. Klein vendia de tudo, desde jornais e revistas, tabaco, pequenas peças de roupa (confeccionadas pela mulher do próprio) e mais recentemente começava a vender produtos de beleza. Era um bom homem...mas cá para mim tinha a rosca moída. “Mr. Klein, como está?” “Sr. Tom, é desta que lhe convenço a comprar uma gravata? “Ainda não...vinha à procura de um tónico capilar...qualquer coisa que me fizesse parar esta terrível comichão na cabeça!!” “Tenho aqui o produto ideal para si. É fabrico caseiro de um tipo que conheço há já alguns anos e que vende para farmácias e tudo...é garantido” “Veja lá...o que me está a vender.” “Eu próprio uso e veja como está forte e saudável a minha penugem”. Hesitei mas lá acabei por comprar o tal unguento.

Segui o meu caminho para o bar onde tocava às quintas-feiras à noite, era um bar de jazz...”O trompete engasgado” dirigido por um escocês e pela sua mulher, uma espanhola da Andaluzia – que às sextas-feiras fazia uns shows de sevilhanas. Durante o resto da semana o bar era uma mercearia com bastante clientela, pois vendia fiado.

Mr. Foles do clã McGayta, era o gerente. Um tipo sempre bem-humorado mas muito pouco inteligente, digo isto porque a dada altura, conseguiu perder um jogo de xadrez em 5 lances com um repolho, que ele próprio desafiou. Para além do bar, Mr. Foles tinha um part-time do qual se orgulhava muito. Dizia “Frequento a universidade de Nova Iorque, sou o cacifo n.º 217 do departamento de matemática, todos os dias, das 14:30 às 18:30.”

Pedi o habitual, o néctar que me encorajava, pois ficava sempre nervoso, antes do encontro com o meu velho amigo, o piano. “O habitual, Tom?”, “Sim”, respondi eu. Foi o próprio Mr. Foles que me serviu. Um copo alto de vodka com 3 rodelas de limão e 2 pastilhas de Calgon. “Poupe a vida da sua máquina com Calgon” e desde então tomava sempre 2 pastilhas. Sentia-me bem...se bem que andava com o ponteiro frequentemente dorido e tinha as cuecas quase sempre pintadas à pistola tal era a força das farpas que o meu cagueiro arrotava.

Quando ia a começar a beber, o porteiro do bar chamou-me. Era o Sr. Mikhail, um russo com uma farta cabeleira, que havia emigrado para a América mas que tinha aspirações em voltar ao seu país e ser uma pessoa famosa. “Tem aquilo que lhe pedi Sr. Waits?”, perguntou-me ele. Já quase me esquecia...havia falado ao Sr. Mikhail de um guião que eu tinha escrito para o TV Rural aqui à uns tempos e tinha sido recusado. O guião falava de um modo revolucionário de rotação de culturas. Nomeadamente da plantação de beterrabas em canteiros de cebolas. Chamei-lhe “Ó Peres Troca!!!”. O Sr. Mikhail tinha ficado fascinado e queria ler o tal guião para implementar essa técnica no seu terreno em Minsk, quando voltasse à terra natal. “Aqui tem Sr. Mikhail, fique com ele. Mas veja lá não confunda cagalhões com nespras. E não faça tudo ao contrário...siga as indicações à risca”. Não era um grande conhecedor da língua inglesa o Sr. Mikhail. “Muito obrigado, Sr. Tom”. Entreguei-lhe o embrulho onde havia colocado o guião e também o tónico capilar...que me havia esquecido completamente.

Ao regressar ao balcão encontrei um tipo muito atrapalhado e agarrado à garganta e a pedir água...ao que parece havia bebido, por engano, a minha Vodka com Calgon e estava em evidentes apuros. A mulher de Mr. Foles a espanhola Maria, atirou um balde de água para cima do desgraçado...aparentemente ficou mais aliviado. Só então vi quem era, era um dos irmãos Gees, 3 tipos que costumavam actuar no karaoke que tinha início antes do meu espectáculo. Saiu a protestar com toda a gente a dizer que lhe haviam tentado envenenar. “Óh meu caro amigo veja lá como fala...você é que confundiu o género humano com o Manuel Germano, quem é que lhe mandou beber coisas para homens de barba rija". Uma coisa reparei, a sua voz ficou muito fininha...

Finalmente pude começar a tocar. Quando já ia na 3ª música da noite, vejo pelo canto do olho, alguém a correr vindo da casa de banho. Era Maria que voltou depois para lá, com um balde de água. Fiquei intrigado e na pausa do meu espectáculo fui investigar o porquê de tal correria. O Sr. Mikhail estava agarrado à cabeça...e para meu espanto estava completamente careca e coçava a cabeça que nem o doido...e tinha já uma grande mancha avermelhada do lado direito da mona. “Sr. Tom, olhe olhe o que me aconteceu...” lembrei-me do capilar. O Sr. Mikhail apontou-me para o frasco vazio... olhei com mais atenção...e só então vi em letras meio sumidas: “Quitoso - Anti-parasitas para cães.” “Mas...como é que..."lembrei-me do encontro com o Ray Charles de manhã...e o encontrão com o tipo do caixote...os frascos pelo chão...a loja do Mr. Klein”. Fazia sentido...o tipo com quem choquei era o fornecedor do Mr. Klein e havia acontecido uma troca de frascos...”Que dia!!!!”

Há dias assim...aconteceu mais tarde que o Mr. Klein viria a ser um famoso costureiro. E os irmãos Gees fizeram sucesso à custa do vodka com calgon e que o Sr. Mikhail viria a famoso no seu país. Mas o dia ainda não havia acabado e quando cheguei a casa e ao acender a luz...tive uma das mais bizarras visões da minha vida...Ray Charles estava sentado na cama e tinha um sorriso enorme no rosto e a prostituta imitava um piano, no qual o meu amigo julgava estar a tocar...junto à janela estava aquilo que me pareceu uma peruca a cacarejar!!!!!!!!

“Tom...tens aqui um belo piano. Só precisa de umas afinadelas...e vê lá se arrumas o queijo na caixa...”

quarta-feira, março 30, 2005

A proposito de "Facadas" Canhoto

Zé Caxias refere-se a “Facadas” Canhoto na sua ultima crónica aqui publicada. Aproveitando essa feliz lembrança falemos então um pouco do grande “Facadas”. Nascido em berço humilde cedo mostrou inúmeros talentos: futebol, lançamento de escarros contra o vento e acima de tudo a poesia popular. Começou por cantarolar desgarradas na Taberna dos Caquinhos, conhecida tasca do seu burgo natal, a Vinha das Pedras. Tendo evoluído de forma exponencial atinge hoje em dia um nível suficientemente elevado, que lhe permite servir de base letrista a imensos fadistas populares que (en)cantam nas tabernas dos concelhos da Moita e Barreiro.
Deixo-vos uma quadra que “Facadas” dedicou a Tom Waits aquando da visita deste ao auditório da Ilha do Rato (ao espaço onde este porventura será construído):

Tom Waits, tu inspiras
Tua voz ecoa como trovão
Até o suor que transpiras
Cheira a vinho do Esporão

terça-feira, março 29, 2005

1ª Lição Niitsumica

Comecemos com algumas questões pertinentes que nos têm chegado e que aqui tentaremos responder o melhor que podemos:

Quem são os Guerreiros Niitsumy?
Conjunto de homens que aprenderam a arte marcial que lhes dá o nome, o Niitsumy, tendo vencido uma série de etapas até serem considerados capazes de defenderem o Bem onde quer que ele esteja em perigo.

Onde vivem os Guerreiros Niitsumy?A sua casa natural e espiritual é o Tibete, mas hoje em dia provêem dos quatro cantos da Terra. Na Europa o centro de operações é a Serra da Arrábida e o Canal Caveira.

Quem comanda os Niitsumy?
O chefe supremo dos Niitsumy é Mogodochi. Consta que tem mais de 6000 anos de idade. Nasceu duma semente. Adora musica Disco e em tempos usou patilhas tipo anos 70.

Existem Guerreiros Niitsumy em Portugal?
Embora permaneçam na obscuridade é um facto que existem no minim0 3 guerreiros conhecidos. Um mestre dos outros dois, que no entanto já atingiram patamares elevadíssimos no organigrama Niitsumico, sendo eles proprios grandes mestres.

quinta-feira, março 24, 2005

Crónicas do Zé Caxias - Quinta da Fonte da Prata

Em tempos descobri um oásis. O meu cantinho de repouso. Uma vivenda que ocupei na Quinta da Fonte da Prata. Duas assoalhadas, ar incondicional (falta metade do telhado), casa de banho na natureza, construção rústica (algum tijolo, alguma madeira, muito fibrocimento), perto do rio (eu diria dentro do rio na maré cheia), bicharada a lembrar o campo (principalmente mosquitos e “amesteres” gigantes), enfim… um autentico paraíso. Ali descanso, ali escrevo, ali durmo, para ali levo companhia quando o coração se sente sozinho e o corpo pede aconchego.
Tenho especial carinho por este bairro. Aqui vivi grandes dias como futebolista no Fonte Pratense Futebol e Chinquilho. Foram anos e anos a disputar a difícil 3ª divisão distrital em jogos de apoteose que chegavam a roçar o extraordinário. Era ponta – esquerda descaído pró banco, tal era o número de vezes que por lá ficava, tapado por um tal Facadas Canhoto, que jogava porque era sobrinho dum director e porque também era o único capaz de fazer um centro para a área sem ter que recorrer à força de braços. Uma vez cheguei a marcar um golo. Foi num treino. Num dia em que o Zé Manel (o nosso guarda-redes) não apareceu. Estava um boneco a fazer de guardião (um espantalho que o Mister arranjou no caminho para o Gaio). Apesar de um pouco estático o tipo era bom, ainda defendeu 3 ou 4 remates!!!

quarta-feira, março 23, 2005

À conversa com Mr Waits: O piano esteve a beber...não eu!!

Aquela voz que lembra uma betoneira engasgada, aquele bafo a porcas e parafusos...sim é dele que estou a falar...do grande mestre da arte e da sedução, do príncipe do glamour que tantas mulheres idolatram...ele mesmo Tom Waits.

Começa aqui uma série de diálogos que tive com este grande arquitecto do glamour. Conversas privadas, reflexões, pensamentos desse grande vulto do afiambrar e da pinocada.

O bar estava por abrir. Mais uma noite de sedução estava pronta para nos envolver. Mr. Waits acariciava um copo de ácido sulfúrico 15 anos, com 3 pedras de gelo e emborcava ávidas dentadas numa bem recheada sandes de gravilha com presunto da famosa zona da Baixa da Banheira. Eu era um mero espectador de todo aquele acto solene...afinava a minha harmónica e passava a mão pelo cabelo de vez a vez, para afastar as madeixas que me cobriam o rosto ainda jovem.

E começou assim aquele diálogo que recordo com saudade:

CC - Mr. Waits, meu caro Mr. Waits!! Não acha que já bebeu demasiado hoje?
TW - O piano é que tem estado a beber...não eu!!!
CC - Então isso não é um piano...e você não é um pianista...é um tocador de esponjas!!!
Uma gargalhada rasgou o rosto vincado de Mr. Waits...e então ele disse-me:
TW - Deixa-me ensinar-te uma coisa...acerca da arte de seduzir - Começou a tocar uma melodia daquele grande vulto da bossa nova...Gil Baiano.
TW- O álcool eleva-te o espírito a patamares nirvanicos!!Deixa-me falar-te da minha primeira grande conquista: ano de 1969, New Orleans, havia uma linda bailarina clássica italiana Francesca Tassoti...linda de morrer...e falo de verdade...era tão bonita que tive uma trombose que me paralisou o lado esquerdo das beiças a primeira vez que a vi...não precisei de grandes artimanhas para a conquistar...coloquei o meu ar tímido a fazer lembrar uma alcagoita que sobra numa mesa de café e fui ao seu encontro na companhia do meu velho amigo de engates...Jack Daniels (um tipo porreiro, lembra-me para te falar dele um dia)...Chegado ao pé daquela beldade...apenas consegui balbuciar umas quantas vogais...e ela ficou apanhadinha com o meu discurso meloso...e pude ver como aquele sorriso encantador (que me fez descobrir...que nem todas as teclas de um piano são brancas!!) se prendeu ao meu olhar. A pobre mulher estava completamente rendida ao meu charme. Lançou-me a mão à horta e tal qual um ancinho revirou-me o terreno, pondo a descoberto uma vasta plantação de escalracho da qual um portentoso pepino de Xabregas era o rei entre uma corte de dois amedrontados tomates caralhotos. Apercebi-me que a sua intenção era provar daquela farta salada. Ajoelhou-se com delicadeza e abriu aquela boca sensual pronta para devorar o canteiro...então eu disse " Querida!! Então não temperas a salada?" ao que ela respondeu "O tempero vem depois...". Tive uma das noites mais sensuais da minha vida...a mulher estava completamente louca...saciada.
CC - Mr. Waits...como é que eu sei que uma mulher está satisfeita...qual o sinal, a evidência de fartura?
TW - Crazy charm o expoente máximo da sedução é fazeres com que uma mulher te diga "Deixa-me lavar as tuas cuecas, deixa ser eu quem esfrega esses bordados acastanhados, deixa-me ser o gulotão que devora esses bigodes...".
CC - Viver para aprender!!! Mestre Tom...acho que o piano esta com sede? Vai mais uma pinga?

Guerreiros Niitsumy

Estirpe milenar de guerreiros. Forjada no calor de inúmeras batalhas. Formada por homens de honra que tratam por tu o Perigo e têm como irmã a Vitória. Mas afinal quem são eles? Onde se escondem? Será que não passam de imaginação popular em busca de valores heróicos? Essas e outras questões serão respondidas neste blog. Aguardem. Os Guerreiros Niitsumy estão a chegar.

terça-feira, março 22, 2005

Diário da Rua 27

Os i-glamour são noticia!!!!Parece que o famoso diário banheirense, jornal falado e não escrito publicado diáriamente nas mercearias, cafés, cabeleireiros, barbeiros, sapateiros e afins das zonas que estrategicamente circundam a rua 27 da Baixa da Banheira, se interessou pelos i-glamour. Aqui fica a pequena entrevista realizada na passada 5º Feira a um dos elementos dos i-glamour (eu mesmo) pela senhora Célia Piriquito, famosa reporter do burgo banheirense:
CP - Então conta-me lá, já casaste?
TT - Pensava que seriam perguntas relacionadas com a banda.
CP - Banda?Ah sim... Então agora cantas é?
TT - Não, toco. Sou baixista embora também faça back vocals.
CP - Baixista?Com esse tamanho todo, bem nem quero ver os altistas. Ouvi dizer que tinhas ido morar para o Barreiro é verdade?
TT - Mas isso não é relevante para a banda. Sim fui.
CP - Então e é vivenda?Casa de 4 assoalhadas? 3?
TT - Adeus e 1 queijinho Dona Célia.
CP - Espera, ainda não te perguntei como é que está a familia...

segunda-feira, março 21, 2005

Piratas do Mar da Palha

Gente marinheira e desalinhada têm, ao longo de séculos, espalhado o terror no Mar da Palha. Restam apenas 5 ou 6 embarcações de piratas que assaltam cacilheiros e canoas desportivas. De todas elas a mais famosa é a chamada "Lenita do Coina" que costuma estar fundiada na Praia dos Tesos. O Comandante de tão nefasto terror fluvial é o Capitão Albino Calhau, que começou como apanhador de conquilhas em miudo. Agora, quando não está ao leme do seu navio, vai vivendo à custa da apanha de algas na Praia da Barra a Barra, que posteriormente são vendidas nos restaurantes chineses da zona. Consta que boa parte da quota de mercado de algas é dele.
Outro navio pirata de elevada importancia é o "Madalena do Gaio", do peculiar Capitão Migas. Consta que Migas e Albino Calhau não são propriamente grande amigos. Por estranho que isso possa parecer, nada tem a ver com a pirataria ou outro qualquer negocio dos mares, pois as regiões para pilhagem ficaram bem definidas na Cimeira do Rato em 1979, tendo sido cumpridas integralmente até hoje. Parece que ambos disputaram na juventude a mesma mulher. E parece também que essa mesma mulher casou com os dois!!E parece ainda que a mesma continua casada com eles!!! Trata-se da Dona Maria, conhecida no meio por "Comporta de Alhos Vedros" devido ao traseiro do tamanho da parte de trás dum camião, que a dita senhora possui. Mora de 2ª a 5ª Feira na Baixa da Serra com o Migas e de 6ª a Domingo em Alburrica com o Albino.

sexta-feira, março 11, 2005

Novidades dos i-glamour

Finalmente chegou a hora!!! O sonho de anos está prestes a cumprir-se. Já podemos adiantar o título do albúm e o nome dos temas, faltando apenas fazer as letras, as musicas e claro arranjar alguém que as queira gravar.
Fiquemos então com a sequencia musical:
1º Album – The Glamour Tree
1 - Where the charm have no name
2 - I still haven’t found the ancient book I’m looking for
3 - With or without talk
4 - Stylish the blue sky
5 - On Intellectual Hill
6 - Sunday charming Sunday
7 - Pride in the name of style
8 - Out of Glamour
9 - All I want is glamour
10 - Angel of style
11 - Walk the glamour and I will follow

quinta-feira, março 10, 2005

Universidade do Charme

Chegou a hora de revelar um projecto aliciante, que está a ser cuidadosamente cozinhado pelos membros dos i-glamour. É da vontade dos membros criar em Portugal a denominada Universidade do Charme. Nela tentar-se-á reflectir toda a sabedoria adquirida ao longo de anos, contribuindo para a valorização do homem lusitano para que este seja colocado no lugar que é seu por direito, o Sumo Pontífice do Romance.
Neste Instituto de conhecimento serão leccionados os mais variadíssimos temas relacionados e contar-se-á com professores com currículo invejável e incalculável.
Fiquemos com um cheirinho daquilo que será a Universidade do Chame:

Cursos a serem ministrados na Instituição:
Economia do Charme
Engenharia do Estilo
Estudos Conversionistas
Glamourologia

Professores:
Crazy Charm
Mr. Stylish
Talk Talk
Zé Caxias
Tom Waits (por confirmar)
Mogodochi, o Supremo
E muitos mais…

terça-feira, março 08, 2005

As crónicas do Zé Caxias – Maré Baixa

Mais um texto do grande Zé Caxias:

“Renegado da minha terra (a Ilha do Rato) pela baixa da maré, aqui fico, preso no Continente, com o olhar perdido na imensidão do Mar da Palha. Nem os pezinhos de dança na Cleópatra me fazem sair desta carga nostálgica que me afecta a mente e o charme. A minha barcaça, herdada do meu “treta” avô, Fred o Marinheiro, permanece no cais seco aguardando a volta da maré. Espero que a maré demore a voltar pois com aquele casco roto e com o cabo que devia estar a prender a barcaça a fazer de estendal da roupa lá no quintal da Tia Albertina, acho que é bem capaz de se perder a herança centenária nos lodos do Tejo.
Ainda não tinha referido a tia Albertina, mulher cativante, tem a cultura de um pau de vassoura, a educação de um rinoceronte e a bondade de um pontapé no cu com botas de biqueira de aço. É mulher do enorme Jaquim Zarolho, corsário ao serviço do Capitão Migas no “Madalena do Gaio”. O trabalho do Jaquim é assaltar cacilheiros e canoas desportivas no Mar da Palha, a tia Albertina é dona de casa e nas horas livres faz negócio ilícito de venda de rifas. Casal espantoso. Em breve conto estar com eles. Provavelmente na próxima semana, altura em que acaba o prazo de 2 meses que a Tia me deu para pagar os dois contos de réis que me cobrou pela bainha das calças que comprei na Feira da Moita nos saldos. Um até um dia daqueles para todos vós e para todos nós também.”

sexta-feira, março 04, 2005

Ibiza Mediaval Nights

Ao longo dos séculos foi um ver se te avias. Era princesa castelhana com rei português, princesa portuguesa com rei castelhano, príncipes aragoneses com duquesas castelhanas. Enfim era a loucura dos arranjinhos. Mas afinal onde é que esta gente se juntava? Onde é que eles se conheciam e faziam as trocas?
Pois bem, estudos indicam que Ibiza era o local onde as várias cortes ibéricas se juntavam e viam o que tinham para a troca. O pessoal alugava aquilo aos muçulmanos (há quem diga que foi por causa do monopólio dos hotéis e casas nocturnas que a malta correu com os mouros), e ia para lá conhecer gajas e troca-las pelas irmãs e filhas e assim. Isto sempre ao som dos DJ´s da altura que punham sons a partir, como é lógico. Era a desbunda total – “Follow the lieder lieder, follow de lieder…”.

quarta-feira, março 02, 2005

Dicas sobre os i-glamour

Há muito que se colocam as questões - Quem são afinal os i-glamour? Que andam eles a fazer de momento?
Sempre que possivel prestaremos algumas informações sobre a Banda como as que se seguem:

Members
Crazy Charm – Electric Guitar and Vocal
Talk Talk – Bass, Keyboards and Back Vocal
Mr. Stylish – Drums, Percussions and Not Vocal

Philosophy of the band – Leave fast, die very old and in charming.

Objective of the band – They want that the people of the word recognize their work us the best of all times in the Universe. They believe in it… they know it!!

Style of music – Universal Punk Rock Pop Charm.

Estas dicas encontram-se em inglês, pois o objectivo da Banda é a Internacionalização

A Ilha do Rato

O mistério permanece sobre a sua descoberta. Muitos acreditam ser uma Ilha Sagrada, talvez quiçá a Atlântida Perdida. Para nós é apenas um território em busca da independência, subjugada durante anos ao centralismo lisboeta. De seguida expomos algumas informações pertinentes sobre a Ilha:

Área – Variável
População – Cerca de 0 na maré-baixa e vai até aos 100 na maré-cheia durante o Verão
Língua – Na generalidade o português
Governo – Pertença de Portugal desde a sua descoberta. Reclama-se por um Principado ao estilo monegasco.
Moeda – Questão a pensar.
Principais actividades – Turismo, vícios e pesca
História – Descoberta por acaso em 1392 pelo Comandante Frederico da Silva (Fred Caxias), quando este perdido e confundido pelos gases das fábricas do Barreiro, ao pretender dirigir-se para o Bugio, fez rumar o seu barco a remos na direcção do Mar da Palha. Outra versão da história afiança que o objectivo de Fred era descobrir o Caminho Marítimo para a Moita, mas que deparou com a ilha a meio. Desde então que a Ilha do Rato é legitimamente pretendida pela família do navegador (hoje em dia o nosso Zé Caxias).

terça-feira, março 01, 2005

Toda a Verdade

Meus senhores, a verdade crua e nua será revelada nos pontos que se seguem sem preconceitos ou conceitos politicamente correctos que de forma ignóbil vêm destruindo a nossa sociedade… cá vai:
1. Os Templário que como todos sabemos eram uns meninos que adoravam certos colinhos, foram transformados por El Rei D. Diniz (que os acolheu em Portugal) nuns machos latinos, tendo inclusive à posteriori introduzido em Portugal a famosíssima imagem de marca lusitana, mindinho com unha grande;
2. O grande tesouro dos Templários em tempos escondido em Tomar, foi descoberto pela Ala Portuguesa dos guerreiros Niitsumy, que nos revelaram que se tratava duma inédita colecção de cromos do México 86 desfalcada de dois cromos: Brutagueno da selecção espanhola e o nosso Carlos Manuel, que na altura ainda não era do Sporting desde pequenino;
3. Os franceses inventaram escandalosamente a história dos Merovíngios e da sua ascendência divina, por se considerarem inferiores fisicamente aos portugueses emigrantes que na altura já lá trabalhavam que nem mouros, com os seus fartos bigodes estilo Artur Jorge campeão europeu;
4. Quando Colombo chegou à América comeu pataniscas e vinho verde vendidos pelo chefe da tribo dos Comanches, Perna-longa da Silva Cardoso que se prova de ascendência lusa pela pergunta com que surpreendeu o Almirante: “ Salvador olha lá pá, porque é que vieste com a espanholada?”;
5. Espanha não existe. David Coperfield criou a ilusão da Espanha para nós podermos comer caramelos e pormos gasolina mais barata e claro, para as nossas mulheres puderem ir aos saldos da Mango, Zara, Máximo Dutti, etc;
6. Nil Armstrong pisou a lua em 1969 e...viu a cruz de Cristo tatuada na superfície lunar e o símbolo da Juve Leo (dizendo Since 1976) por baixo;
7. Olivença não é Portuguesa nem Espanhola. É comunista. Foi adquirida em leilão pelo camarada Carlos Carvalhas em 1981 aquando da festa do Avante perante a insistência do camarada Álvaro Cunhal que dizia: “Olhe que não camarada, olhe que não, olhe que é ilegal, a constituição diz que isto é Alentejo, portanto já nos pertence por direito, não é necessária a compra.”;
8. O Benfica não tem nada 6 milhões de adeptos. Toda a gente sabe que o Luís Filipe Vieira, o José Veiga, o Simão, o Carlos Manuel desde o fim dos anos 80, o Cadete (tornou-se e depois desde que anda com a Nicole deixou também de ser), não são do Benfica. O Bruno Paixão (após tortura) também afirma que não é do Benfica. Feitas as contas são 5 milhões e novecentos e noventa e nove mil e novecentos e noventa e quatro.

National Geographic

Iniciamos aqui uma série de crónicas desse grande vulto da cultura Barreiro/Moitense, Zé Caxias, o Barão da ilha do Rato, retiradas do seu mais recente livro “O Charme, Eu e Elas”:

“Há coisas extraordinárias! Um tipo cheio de classe como eu, que come gajas como os putos americanos comem “Cornos Flexis”, tem que passar por cada uma que só visto. Ontem dei comigo na casa duma tipa que até era gira, não fossem os pêlos no nariz e as pernas da grossura dum chaparro, capaz de fazer sombra a uma família com 7 filhos, num piquenique em pleno mês de Agosto. Coisas levam a coisas, situações tornam-se noutras situações e pimba… dormi lá na casa dela. De manhã ao levantar-me fui até à casa de banho, para pôr um bocado de água nos olhos a ver se depois dava com a saída, e foi aí que aconteceu o que não estava à espera. Quando entrei na casa de banho e fui a olhar para o espelho ia morrendo de susto. A gaja em vez do espelho tinha uma televisão por cima do lavatório. E estava ligada pá, então não é que a tipa tinha a televisão naquele canal dos animais, quando vi aquilo gritei logo para a gaja – ó chavala o que é esta treta? Macacões na TV minha? – e ela disse-me que eu estava maluco, quer dizer, ainda por cima eu é que estou maluco! ”

Zé Caxias, o charme, a sedução, o estilo, o glamour…enfim mais palavras para quê?